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MP denuncia dois PMs que arrastaram mulher baleada no RJ

O Ministério Público do Rio denunciou dois policiais militares pelo homicídio doloso qualificado de Claudia Silva Ferreira, de 38 anos


	Frame de vídeo que mostra Claudia Silva Ferreira, de 38 anos, sendo arrastada ao longo de 350 metros por um carro da PM
 (Reprodução/Extra Online)

Frame de vídeo que mostra Claudia Silva Ferreira, de 38 anos, sendo arrastada ao longo de 350 metros por um carro da PM (Reprodução/Extra Online)

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Da Redação

Publicado em 13 de março de 2015 às 00h01.

Rio - O Ministério Público do Rio denunciou dois policiais militares pelo homicídio doloso qualificado de Claudia Silva Ferreira, de 38 anos, que teve o corpo arrastado ao longo de 350 metros por um carro da PM no Morro da Congonha, em Madureira (zona norte do Rio), em 16 de março de 2014.

Os dois e outros quatro policiais também deverão ser indiciados por fraude processual. Um traficante que teria iniciado a troca de tiros que culminou com a morte da vítima também foi denunciado.

Após ser baleada acidentalmente durante um tiroteio, Claudia foi colocada pelos PMs no porta-malas para ser levada ao Hospital Carlos Chagas. No meio do caminho, no entanto, o porta-malas abriu, o corpo caiu e ficou preso ao veículo por um pedaço de roupa. Ao ser arrastado, parte do corpo foi dilacerada.

Para o Ministério Público, os PMs Rodrigo Medeiros Boaventura e Zaqueu de Jesus Pereira Bueno agiram com dolo eventual, pois assumiram o risco de causar morte disparando tiros de fuzil em situação na qual qualquer pessoa que passasse pelo local naquele momento poderia ser alvejada.

Esses dois PMs e mais Adir Serrano Machado, Alex Sandro da Silva Alves, Rodney Miguel Archanjo e Gustavo Ribeiro Meirelles alteraram o cenário do crime, afirma o Ministério Público, porque removeram o corpo de Claudia do local onde foi alvejada, colocando-o dentro da viatura a pretexto de socorrê-la mesmo sabendo que já se encontrava morta.

"Os seis denunciados, agindo de forma livre e consciente, inovaram artificiosamente o estado de lugar, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito, visando produzir efeitos em futura ação penal a ser eventualmente deflagrada", afirma trecho da denúncia.

Já o traficante Ronald Felipe dos Santos foi enquadrado por associação para o tráfico e tentativa de homicídio contra os policiais, esta qualificada por ter sido motivada para assegurar a execução e a impunidade do crime de tráfico.

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