Aranha: torcedores foram denunciados pelo Ministério Público mesmo sem representação formal do goleiro (Getty Images/Ricardo Ramos)
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2014 às 16h36.
Porto Alegre - O Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou quatro torcedores do Grêmio à Justiça, por injúria racial contra o goleiro Aranha, do Santos, nesta terça-feira.
Se forem condenados, Patrícia Moreira, Éder Braga, Rodrigo Rychter e Fernando Ascal podem pegar de um a três anos de reclusão e pagar multa.
Mas, antes disso, eles podem aceitar o benefício da suspensão do processo e ficar afastados, pelo prazo de um ano, de todos os jogos do clube, seja como mandante ou visitante.
Os incidentes ocorreram no dia 28 de agosto, na Arena do Grêmio, em jogo contra o Santos pela Copa do Brasil.
Câmeras de emissoras de televisão flagraram Patrícia gritando a palavra "macaco" e os demais imitando gestos do animal na arquibancada atrás do gol do time visitante.
Os quatro torcedores foram denunciados pelo Ministério Público mesmo sem a representação formal do goleiro Aranha.
Isso porque a Justiça entendeu que o registro do boletim de ocorrência feito pelo atleta um dia depois do ocorrido foi suficiente para que ele manifestasse seu desejo de seguir com a investigação.
A primeira atitude da promotoria foi pedir a proibição imediata dos denunciados de entrarem em estádios de futebol durante os jogos do Grêmio.
De acordo com o promotor José Francisco Seabra Mendes Júnior, eles devem se apresentar a uma delegacia uma hora antes da partida e permanecer no local até uma hora depois do apito final.