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MP convoca 9 parentes da ex-mulher de Bolsonaro para prestar depoimento

Total recebido pelos 9 integrantes da família que tiveram o sigilo quebrado, segundo a investigação, é de R$ 4,8 milhões

Flávio e Jair: investigação é sobre possível lavagem de dinheiro e peculato no âmbito do antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Adriano Machado/Reuters)

Flávio e Jair: investigação é sobre possível lavagem de dinheiro e peculato no âmbito do antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Adriano Machado/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 19 de dezembro de 2019 às 13h05.

Última atualização em 19 de dezembro de 2019 às 13h06.

Rio de Janeiro — Além dos mandados de busca e apreensão cumpridos na quarta-feira, o Ministério Público do Rio intimou nove parentes de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, para prestar depoimento nesta quinta-feira antes do recesso.

Assim como as medidas cautelares, as convocações foram feitas pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc) do MP do Rio para a investigação sobre lavagem de dinheiro e peculato (desvio de dinheiro público) no âmbito do antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro (semp partido-RJ) então deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Investigações retomadas

No fim de novembro, um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o compartilhamento irrestrito de dados sigilosos de órgãos de controle financeiro como a Unidade de Inteligência Financeira (UIF), antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), e a Receita Federal sem prévia autorização judicial.

Com a decisão, as investigações envolvendo Flávio e Queiroz, que estavam suspensas desde julho à espera desse julgamento, foram retomadas.

Em dezembro de 2018, um relatório do Coaf apontou uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta do senador, quando ainda era deputado estadual. O documento aponta Queiroz como responsável pelas movimentações.

Para ter acesso às informações, o Coaf repassou ao Ministério Público dados bancários do então deputado, o que sua defesa identificou como “quebra de sigilo fiscal e bancário”. 

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