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Movimentos pró-democracia remarcam atos para o Largo do Batata, em SP

Grupos afirmaram que vão cumprir determinação judicial sobre a avenida Paulista, mas criticaram a "violação do direito à manifestação"

Manifestantes na avenida Paulista no último domingo, 31 (Rahel Patrasso/Reuters)

Manifestantes na avenida Paulista no último domingo, 31 (Rahel Patrasso/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de junho de 2020 às 13h24.

Após a decisão da Justiça estadual de proibir protesto antagônicos na avenida Paulista no próximo domingo, 07, grupos pró-democracia remarcaram seus atos para o Largo do Batata, no bairro de Pinheiros.

Em comunicados sobre a mudança de local, os movimentos afirmaram que vão cumprir a determinação judicial, mas criticaram a "violação do direito à manifestação".

"Nós, torcedores articulados no Movimento Somos Democracia, ativistas do movimento negro e da Frente Povo Sem Medo entendemos que essa decisão atenta à liberdade de manifestação. Apesar disso, para garantia da integridade física dos manifestantes, comunicamos a decisão de mudança do local do ato em São Paulo para o Largo da Batata às 14 horas", diz uma nota conjunta dos movimentos Somos Democracia, Frente Povo Sem Medo e Ato Urgente SP - Vidas Negras Importam.

A nota ainda afirma que o grupo reforçou as medidas sanitárias para a realização do protesto, com a criação de uma brigada de saúde, para orientação dos manifestantes e ações como a distribuição de máscaras e álcool em gel. As entidades também garantem que vão respeitar um distanciamento social de pelo menos 1,5 m durante a manifestação.

"Não vamos aceitar censura nem intimidação! Estaremos nas ruas em defesa da democracia, contra o fascismo e o racismo", conclui a nota.

Na sexta-feira, 05, a Justiça de São Paulo proibiu que grupos de apoiadores do presidente e opositores do governo se reúnam no mesmo horário em manifestações na Avenida Paulista. A decisão atende ao pedido do Governo do Estado, que pediu o cancelamento dos atos para evitar confrontos.

No último domingo, 31, protestos que começaram pacíficos terminaram em tumulto, quando manifestantes favoráveis e contrários ao governo entraram em confronto.

A Polícia Militar de São Paulo precisou intervir, mas integrantes de movimentos pró-democracia criticaram o uso desigual da força contra cada lado. O governador João Doria (PSDB) chegou a ir a público para dizer que os órgãos de Segurança Pública do Estado agiram para preservar a integridade física dos dois grupos e que não têm preferência política.

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