Brasil

Movimentos pedem ao STF manutenção de prisão em 2ª instância

Com a possibilidade de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem aumentado a pressão para que o Supremo reveja o tema

Prisão em 2ª instância: com a possibilidade de prisão do ex-presidente Lula, tem aumentado a pressão para que o Supremo reveja o tema (Ueslei Marcelino/Reuters)

Prisão em 2ª instância: com a possibilidade de prisão do ex-presidente Lula, tem aumentado a pressão para que o Supremo reveja o tema (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de março de 2018 às 14h06.

Última atualização em 19 de março de 2018 às 14h06.

São Paulo - O Instituto Não Aceito Corrupção, o Vem Pra Rua e o Movimento Aliança Brasil entregaram cartas aos ministros Supremo Tribunal Federal (STF), na manhã desta segunda-feira, 19, pedindo a manutenção da prisão após a confirmação a condenação em decisão colegiada.

O Vem Pra Rua, movimento que liderou as manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, disse que a possível reversão desse entendimento "representaria um retrocesso indelével no combate à corrupção e à impunidade no país."

Com a possibilidade de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado a 12 anos e 1 mês de prisão, após a tramitação dos recursos no Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4), tem aumentado a pressão para que o Supremo reveja o tema. A presidente da Corte, ministra Carmen Lúcia, já disse que não se submeterá à pressão.

O texto do Instituto Não Aceito Corrupção diz que não é "razoável que o tema mereça reapreciação pura e simplesmente pela qualidade das pessoas em questão, o que geraria no povo a indesejável percepção de justiça de compadrio". A Aliança Brasil, que abriga 52 movimentos, também pede que os ministros não cedam "à pressão daqueles que pretendem se manter impunes".

No ano passado, o plenário da Corte analisou o tema e atingiu maioria o entendimento de que é possível a execução da pena após o caso tramitar pela segunda instância. Mas desde então, ministros como Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello vêm sinalizando que gostariam de analisar novamente o tema.

 

Acompanhe tudo sobre:Luiz Inácio Lula da SilvaSupremo Tribunal Federal (STF)TRF4

Mais de Brasil

Câmara aprova projeto que cria novos cargos comissionados no STJ

Câmara aprova urgência da proposta que amplia punições para quem obstruir trabalhos na Casa

Lula altera texto das big techs, prevê remoção de ofensas com ordem judicial e recua sobre fake news

Pazolini lidera cenários para governo do Espírito Santo em 2026, diz Paraná Pesquisas