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Movimentos marcam ato pró-Dilma para o dia 16

Apoio a Dilma: os manifestantes vão cobrar que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deixe o cargo


	Apoio a Dilma: os manifestantes vão cobrar que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha deixe o cargo
 (Paulo Pinto/Agência PT/Fotos Públicas)

Apoio a Dilma: os manifestantes vão cobrar que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha deixe o cargo (Paulo Pinto/Agência PT/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2015 às 08h34.

São Paulo - Sindicatos e movimentos sociais contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff marcaram para a próxima quarta-feira (16) uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, em defesa do mandato da petista.

Apesar do pedido de trégua feito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os organizadores decidiram incluir na pauta pedido de mudanças na política econômica do governo Dilma.

Além disso, os manifestantes vão cobrar que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alvo de processo por quebra de decoro no Conselho de Ética da casa e de inquéritos no Supremo Tribunal Federal por desvios de dinheiro, deixe o cargo.

Ainda nesta semana Dilma deve receber uma comissão de representantes dos movimentos no Palácio do Planalto. O encontro é um pedido de Lula e foi confirmado pelo ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, em telefonema ao ex-presidente.

A data foi definida em uma reunião entre líderes das frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, que reúnem grupos como o Movimento dos Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Central de Movimentos Populares (CMP) e partidos como PT, PCdoB e PSOL.

Ontem centenas de sindicalistas se reuniram com Lula no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo para definir a estratégia. Entre eles estavam representantes das principais centrais sindicais como Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central das Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil (CTB), Nova Central e até da Força Sindical.

"Mesmo com as críticas em relação à situação econômica, a manutenção do governo é fundamental para garantir o respeito ao voto popular", disse o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna.

Um dos desafios dos organizadores é ampliar a participação popular para além dos grupos historicamente ligados ao PT. Por isso serão convidados representantes de entidades que já se posicionaram contra o impeachment como Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic).

Os organizadores também vão convidar artistas alinhados ideologicamente à esquerda de várias gerações, desde a luta contra a ditadura militar até os rappers da periferia.

Outra preocupação é quanto aos discursos sectários de alguns convidados. Ontem, na reunião com Lula, Antonio Carlos Silva, do PCO, disse que se preciso combateria o impeachment "na porrada". A fala foi rechaçada por outras lideranças.

Neste domingo movimentos favoráveis ao impeachment marcaram um ato contra Dilma também na Avenida Paulista. 

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