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Mourão sobre decisão que beneficiou Lula: População se baseia em "respeito à honestidade"

Vice-presidente afirmou que ainda é cedo para tirar conclusões e que não é certo que petista vai concorrer

Mourão: vice-presidente não acredita em CPI por proximidade de eleições. (Andressa Anholete/Getty Images)

Mourão: vice-presidente não acredita em CPI por proximidade de eleições. (Andressa Anholete/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 9 de março de 2021 às 10h27.

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta terça-feira, ao comentar a decisão que anulou condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a população brasileira se baseia "no respeito à honestidade" e que os políticos deveriam se pautar por isso. Mourão disse que isso ocorre "independente da chicana jurídica", mas não comentou se a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), se enquadra nesta categoria.

Questionado sobre a decisão de Fachin, Mourão disse que que "a imensa maioria da população brasileira é constituída de homens e mulheres de bem", que passam por dificuldades financeiras, e depois continuou:

— Mas todos, sem exceção, procuram se basear em princípios da ética, da moral, dos bons costumes, respeito à honestidade, à integridade, à probidade das pessoas. E os homens públicos têm que se pautar por isso. Então independente da chicana jurídica que seja feita, anula processo, anula prova, a realidade é a seguinte: contra fatos não há argumentos. É isso que a gente vai aguardar que aconteça no futuro — afirmou o vice, ao chegar no Palácio do Planalto.

Para Mourão, ainda é cedo para se tirar conclusões sobre o impacto da decisão no cenário político. Ele disse que não é certo que Lula irá concorrer à Presidência

— Decisão não foi do STF, foi do ministro Fachin. Em primeiro lugar, tem muita espuma neste chope ainda, tem que ser decantado isso. Tem muita gente fazendo análise prospectiva por mera extrapolação de tendência, não se faz análise prospectiva assim. Tem que esperar todas as consequências, decorrências, tem ainda muita coisa para rolar, não se pode tomar nenhuma, vamos dizer assim, "ah, isso vai ser assim, assado, o presidente Bolsonaro não vai concorrer, o presidente Lula vai concorrer". Então tem que aguardar.

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