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Mourão não vê decreto da posse de armas como medida de combate à violência

O vice-presidente disse que o decreto é apenas o cumprimento da promessa de campanha e que Moro tem "medidas para segurança pública" a serem anunciadas

Mourão: "Se a pessoa passar nestes testes, eu acho que ela estaria adequada a portar arma" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Mourão: "Se a pessoa passar nestes testes, eu acho que ela estaria adequada a portar arma" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de janeiro de 2019 às 12h04.

Última atualização em 21 de janeiro de 2019 às 12h06.

São Paulo - O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou na manhã desta segunda-feira, 21, à Rádio Gaúcha, que o decreto que flexibiliza a posse de armas, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada, não é uma medida de combate à violência.

"Esta questão da flexibilização da posse de armas, eu não vejo como uma medida de combate à violência. Eu vejo apenas, única e exclusivamente como o cumprimento de promessa de campanha e que vai ao encontro aos anseios, em grande parte, de parte de eleitorado dele", afirmou Mourão, que assumiu a Presidência interinamente enquanto Bolsonaro participa de compromissos do Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça).

De acordo com Mourão, para diminuir a violência, o ministro da Justiça, Sérgio Moro, tem "medidas para segurança pública" a serem anunciadas. O general disse ainda que, a despeito de críticas tanto de apoiadores de armas quanto de defensores do desarmamento, o decreto está adequado. "A virtude está no meio - e ele (Bolsonaro) foi no meio", disse.

Mourão disse ainda que não vê neste momento "possibilidade concreta e real" de o Congresso Nacional aprovar a flexibilização do porte de armas. "Porque nós não conhecemos ainda o posicionamento deste Congresso que vai se iniciar", afirmou.

O vice-presidente afirmou também que sempre advoga "que a pessoa para portar arma tem de ter condições psicológicas e condições técnicas". "Se a pessoa passar nestes testes, eu acho que ela estaria adequada a portar arma", defendeu.

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