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Mourão diz que decisão saudita sobre frango não tem a ver com embaixada

Arábia Saudita decidiu desabilitar cinco unidades frigoríficas brasileiras de carne de frango que exportam o produto para o país

Mourão: presidente em exercício descarta que veto de Arábia Saudita a frango seja reação a mudança de embaixada (Paulo Whitaker/Reuters)

Mourão: presidente em exercício descarta que veto de Arábia Saudita a frango seja reação a mudança de embaixada (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de janeiro de 2019 às 13h39.

Última atualização em 23 de janeiro de 2019 às 13h40.

Brasília - O presidente em exercício, Hamilton Mourão, disse nesta quarta-feira que a decisão da Arábia Saudita de desabilitar cinco unidades frigoríficas brasileiras de carne de frango que exportam o produto para aquele país não tem "nada a ver" com a questão da mudança da embaixada do Brasil em Israel, de Tel-Aviv para Jerusalém.

Segundo Mourão, em outubro do ano passado, uma missão saudita esteve no país um mês inteiro para fazer uma verificação das condições de frigoríficos, granjas e da indústria de grãos. Ele disse que a ideia daquele país era cortar das atuais 600 mil toneladas para 400 mil toneladas a importação de frango brasileiro, porque iriam começar a produzir por lá.

"O dado que eu tenho - que não é confirmado ainda - é de que eles pretendem também produzir frangos lá na Arábia Saudita, óbvio que vai sair mais caro, mas eles têm dinheiro e é isso que está acontecendo", afirmou Mourão, que está no comando do país desde o início da semana com a viagem do presidente Jair Bolsonaro a Davos, Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial.

"Não tem nada a ver com questão de embaixada, até porque qual foi a declaração do nosso representante na ONU: existe um Estado de Israel e um estado palestino, conforme reconhecemos desde 1947. Então nada mudou", disse.

Mourão também foi questionado sobre declarações de Bolsonaro durante a campanha de fechar a embaixada palestina no Brasil que fica próximo ao Palácio do Planalto, em Brasília.

"Não, nada disso. Os dois Estados são reconhecidos, o resto tudo é retórica e ilação. Como disse o embaixador alemão: 'aguardem os atos'", afirmou Mourão.

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