Brasil

Mourão defende isolamento e diz que Bolsonaro se expressou mal

Mais cedo, o presidente afirmou que pediria à Saúde para manter em quarentena apenas idosos e pessoas dos grupos de risco ao coronavírus

Hamilton Mourão: vice-presidente afirmou que o posicionamento do país é "um só" e continua sendo isolamento e distanciamento entre as pessoas (Romério Cunha/VPR/Flickr)

Hamilton Mourão: vice-presidente afirmou que o posicionamento do país é "um só" e continua sendo isolamento e distanciamento entre as pessoas (Romério Cunha/VPR/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de março de 2020 às 18h25.

Última atualização em 25 de março de 2020 às 18h30.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, enfatizou que a posição do governo para combater a pandemia da covid-19 "é uma só" e continua sendo isolamento e distanciamento entre as pessoas.

Mais cedo, Bolsonaro afirmou que pediria ao Ministério da Saúde mudança na orientação de isolamento da população durante a pandemia. A recomendação defendida pelo presidente é que o distanciamento seja adotado apenas para idosos e pessoas com comorbidades (outras doenças).

Em coletiva de imprensa após reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal, órgão que preside, Mourão declarou que o presidente pode não ter se expressado da melhor forma em pronunciamento na véspera, quando criticou o confinamento orientado por autoridades.

"A posição do nosso governo, por enquanto, é uma só. A posição do governo é o isolamento e o distanciamento social", disse Mourão. O vice ponderou que a orientação para isolamento está sendo discutida.

"Ontem, o presidente buscou colocar e pode ser que ele tenha se expressado de uma forma, digamos assim, que não foi a melhor. Mas o que ele buscou colocar é a preocupação que todos nós temos é com a segunda onda", afirmou o vice-presidente, explicando que a segunda onda são os impactos na economia.

Mourão defendeu que a mudança do isolamento horizontal, envolvendo todas as pessoas, para o vertical, defendida por Bolsonaro, seja gradual após um período de 14 dias. É preciso liberar as pessoas das atividades essenciais para a "vida vegetativa" do país, declarou o vice.

Apesar das divergências entre Bolsonaro e o próprio Ministério da Saúde, Mourão enfatizou que o presidente da República está dentro da política traçada pelo governo e orientada pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A preocupação de Bolsonaro, afirmou, é com o "verdadeiro desmantelamento da economia".

As últimas notícias da pandemia do novo coronavírus:

Acompanhe tudo sobre:Jair BolsonaroHamilton MourãoCoronavírus

Mais de Brasil

Paraná tem maior redução de homicídios dolosos desde 2007

PEC da Segurança deve ser votada em dezembro por comissão, diz Motta

Provas anteriores do Enem: onde baixar e como usá-las para uma revisão eficaz

Governo poderá mirar no piso da meta fiscal após ajuda do Congresso