Brasil

Mourão critica comunicação do governo ao falar sobre cortes na Educação

Para ele, a participação do ministro da Educação nesta quarta-feira (15) na Câmara dos Deputados será uma oportunidade

Mourão: sobre as críticas ao bloqueio de recursos na educação, Mourão justificou que não se trata de corte (Adnilton Farias/Agência Brasil)

Mourão: sobre as críticas ao bloqueio de recursos na educação, Mourão justificou que não se trata de corte (Adnilton Farias/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de maio de 2019 às 16h39.

Brasília — O presidente da República em exercício, Hamilton Mourão, considera que o governo tem "falhado na comunicação" e precisa explicar melhor o contingenciamento na área da educação.

Para ele, a participação do ministro da Educação, Abraham Weintraub, na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (15), será uma oportunidade para fazer esclarecimentos.

"Nós temos falhado na nossa comunicação, e agora é uma oportunidade, lá dentro do Congresso, que o ministro vai ter para explicar isso tudo", disse Mourão.

Ao comentar as manifestações que ocorrem em todo O País contra cortes na educação, disse que é "normal" e "faz parte do sistema democrático". Enquanto isso, nos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro chamou manifestantes de "idiotas úteis" e "massa de manobra".

"Desde que seja pacífica, ordeira e não limite o direito de ir e vir das outras pessoas, é uma forma que aqueles que se sentem inconformados têm de apresentar o seu protesto. Então, normal", avaliou o vice-presidente sobre os protestos.

Sobre as críticas ao bloqueio de recursos na educação, Mourão justificou que não se trata de corte, e sim de contingenciamento. Segundo ele, a medida ocorreu em todos os governos anteriores, com exceção do ex-presidente Michel Temer, que liberou o orçamento em fevereiro.

"Uma questão que está sendo muito pouco comentada é a dos restos a pagar, aquelas despesas que foram empenhadas em anos anteriores e que não foram liquidadas. O Ministério da Educação inscreveu e reinscreveu em 31 de dezembro do ano passado R$ 32 bilhões de restos a pagar. Comparem com o orçamento dele e vejam que é um peso grande. E já pagou R$ 7 bilhões disso aí, isso é financeiro que entrou esse ano. Isso impacta no momento onde nós estamos arrecadando pouco, por isso a necessidade do contingenciamento", justificou.

Acompanhe tudo sobre:ProtestosJair BolsonaroHamilton MourãoGoverno Bolsonaroabraham-weintraub

Mais de Brasil

Fachin se encontra com Papa Leão XIV no Vaticano antes de assumir presidência do STF

Brasil enfrenta onda de tempestades com risco de tornados nesta semana

Aviação brasileira supera número de passageiros do pré-pandemia em 8,5% e dá força a novos destinos

Dia do Gaúcho: por que 20 de setembro é considerado feriado no Rio Grande do Sul