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Motta critica interferência do Judiciário e diz que poder 'está se metendo em praticamente tudo'

Comentário foi feito após recebimento de ofício encaminhado pelo STF que informava que Câmara não pode interferir em processo contra o deputado federal Alexandre Ramagem

O comentário foi feito durante sua participação em um evento do Esfera Brasi ( Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

O comentário foi feito durante sua participação em um evento do Esfera Brasi ( Marina Ramos/Câmara dos Deputados)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 29 de abril de 2025 às 11h58.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi crítico à atuação do Judiciário em temas do Legislativo e disse que o poder estaria "se metendo em praticamente tudo". O comentário foi feito durante sua participação em um evento do Esfera Brasil, grupo que reúne empresários e políticos brasileiros em fóruns de conversa. Na ocasião, ele também defendeu o enxugamento da máquina pública e o controle de gastos. As falas foram recuperadas pelo portal de notícias UOL.

— Do ponto de vista da segurança jurídica, a interferência, muitas vezes de forma reiterada, do Judiciário atrapalha. O Judiciário está se metendo em praticamente tudo, e isso não é bom para o país. Acaba que não tem uma regra, e você não sabe como vai estabelecer o seu investimento — disse Motta.

O comentário foi feito após ele ter recebido, na última quinta-feira, um ofício encaminhado pelo ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma STF. O documento informava que a Câmara não poderia suspender a íntegra do processo do golpe de Estado contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ). Irritado com a decisão, Motta teria sinalizado em seguida que gostaria de ter uma conversa com o magistrado, informou a colunista do GLOBO Bela Megale.

Ainda durante o evento nesta segunda-feira, ele cobrou o governo pela restrição de despesas, por mais eficiência na administração do Estado e disse que o crescimento econômico seja acompanhado do controle de gastos. Motta também defendeu a realização de uma reforma administrativa, citando esquemas de fraudes do INSS como exemplos de sistemas ineficientes, e falou sobre a necessidade de enxugamento da máquina pública.

— Não dá para ter uma máquina pública hoje do tamanho que era 30 ou 40 anos atrás — afirmou Motta. — Precisamos medir a qualidade do funcionário, porque com isso você passa a ter condições de um Estado mais producente.

Acompanhe tudo sobre:Hugo MottaSupremo Tribunal Federal (STF)

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