Brasil

Motoristas desacatam Justiça e mantêm greve em PE

Diante da insatisfação com o aumento de 7% determinado pela Justiça - os profissionais querem 33% e a classe patronal ofereceu 3% -, a greve foi retomada


	À tarde, estimativa dos grevistas era de somente cerca de 20% dos coletivos estavam nas ruas, com perspectiva de maior adesão à paralisação
 (REUTERS/Ricardo Moraes)

À tarde, estimativa dos grevistas era de somente cerca de 20% dos coletivos estavam nas ruas, com perspectiva de maior adesão à paralisação (REUTERS/Ricardo Moraes)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2013 às 16h52.

Recife - Os motoristas e cobradores de ônibus do Grande Recife retomaram nesta quarta-feira a atividade, mas por poucas horas, depois que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Pernambuco considerou o movimento "abusivo" e ordenou o fim da paralisação, iniciada na segunda-feira, 1.

Diante da insatisfação com o aumento de 7% determinado pela Justiça - os profissionais querem 33% e a classe patronal ofereceu 3% -, a greve foi retomada.

À tarde, a estimativa dos grevistas era de somente cerca de 20% dos coletivos estavam nas ruas, com perspectiva de maior adesão, uma vez que a paralisação, por tempo indeterminado, agora em protesto contra a sentença judicial, uniu o Sindicato dos Rodoviários e a Oposição Rodoviária de Verdade CST/Conlutas, em torno da mesma causa. As lideranças das duas facções garantem ignorar a Justiça do Trabalho, sem temor de represálias.

"A classe está em uma situação de abandono e o percentual determinado pela justiça foi muito aquém das necessidades", afirmou o secretário-geral do Sindicato dos Rodoviários, Diógenes José de Souza, que também considerou "inaceitável" o aumento do valor do vale refeição - de R$ 160,00 para R$ 171,00. A categoria quer R$ 300,00.

"A determinação da justiça foi uma afronta", reagiu o líder da Oposição Rodoviária de Verdade, Aldo Lima, que não reconhece a representação do sindicato e afirma que a manutenção da greve se deve à oposição, que teria sob sua liderança a maioria dos profissionais. A oposição não pretendia participar de uma assembleia marcada pelo sindicato para o fim da tarde e quer a saída do presidente da entidade, Patrício Magalhães.

A classe patronal afirma não ter condição de dar o aumento solicitado e lembra que um reajuste não poderia refletir no custo da passagem, que foi reduzida recentemente em R$ 0,10, passando para R$ 2,15.

O Sindicato das Empresas de Transportes de Pernambuco (Urbana) liberou as empresas para punirem os grevistas. Demissão e corte de ponto são algumas das alternativas. A população enfrentou mais um dia de dificuldade e filas. Instituições como a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) suspenderam as aulas nos turnos da tarde e da noite.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasDireitos trabalhistasGrevesÔnibusRecifeTransporte públicoTransportes

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas