Brasil

Motoristas decidem manter a greve no Rio até segunda

A categoria quer aumento salarial de 15%, enquanto o sindicato patronal ofereceu um reajuste de 8%


	Ônibus: de acordo com o Sintraturb-RJ, 35% da frota de ônibus circulou nesta sexta-feira
 (Marcelo Camargo/ABr)

Ônibus: de acordo com o Sintraturb-RJ, 35% da frota de ônibus circulou nesta sexta-feira (Marcelo Camargo/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de março de 2013 às 22h12.

Rio de Janeiro – A greve dos motoristas de ônibus do Rio de Janeiro, inicialmente prevista para terminar amanhã (2), foi estendida até segunda-feira (4). A decisão de manter a paralisação por mais dias foi tomada em assembleia ocorrida na tarde de hoje (1º) no Guadalupe Club, na Avenida Brasil.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Estado do Rio de Janeiro (Sintraturb-RJ), José Carlos Sacramento de Santana, na próxima segunda-feira (4), às 18h, os motoristas voltam a se reunir em assembleia para discutir os rumos do movimento.

O sindicato patronal ofereceu aos rodoviários 8% de reajuste salarial, enquanto a categoria pede 15% de aumento, além de outros benefícios trabalhistas. Santana disse que as reivindicações dos trabalhadores serão mantidas, e incluem o piso salarial de R$ 2 mil para os motoristas, cesta básica de R$ 200 sem descontos, tíquete refeição, plano de saúde e o fim da dupla função, em que o motorista trabalha também como cobrador.

A greve que começou hoje causou transtornos para o carioca desde o começo da manhã. Muita gente foi surpreendida pela paralisação que, com poucos ônibus circulando, acabou chegando atrasada no trabalho. Longas filas se formaram nos pontos de paradas e nos terminas, principalmente na zona oeste da cidade. O Sintraturb-RJ informou que 35% da frota estão circulando.

A concessionária Rio Ônibus, responsável pelas empresas de ônibus municipais, informou, por meio de nota, que entrou na Justiça do Trabalho com uma ação questionando a legalidade do movimento, considerando-o imotivado e abusivo. Segundo a concessionária, o período de 48 horas entre o anúncio e o início da paralisação não foi respeitado, além de não ter sido estipulada a quantidade mínima da frota que deveria permanecer em operação para não prejudicar a população.

De acordo com a concessionária, piqueteiros depredaram diversos veículos que deixavam as garagens em Santa Cruz e Campo Grande, na zona oeste, destruindo para-brisas, retrovisores e janelas dos ônibus. Segundo a Rio Ônibus, por causa dos ataques dos grevistas, nove motoristas ficaram feridos.

O presidente do Sintraturb-RJ, José Carlos Sacramento de Santana, negou que os ataques tenham sido cometidos pelos grevistas. “As depredações não tiveram nada a ver com a gente, com o trabalhador”, disse.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasGrevesMetrópoles globaisÔnibusRio de JaneiroTransporte públicoTransportes

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas