Rio de Janeiro - Os motoristas de ônibus paralisaram nesta terça-feira suas atividades para exigir aumento salarial em Salvador e deixaram a capital baiana sem transporte público a 16 dias da Copa do Mundo.
A greve na cidade, que entre outros receberá os jogos Espanha-Holanda e Alemanha-Portugal, acontece depois das paralisações em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Assim como em São Paulo e no Rio de Janeiro, a greve em Salvador foi liderada por motoristas de ônibus que se opõem a um acordo assinado no dia anterior pelo sindicato que os representa e que lhes garante um aumento salarial de 9%.
Apesar de o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da Bahia ter determinado que pelo menos 70% dos ônibus deveriam circular, os motoristas paralisaram toda a frota e deixaram sem transporte cerca de 1 milhão de pessoas.
Embora o sindicato tenha aprovado o acordo com os proprietários das frotas de ônibus, alguns de seus dirigentes, como Hélio Ferreira, dizem que não todos os motoristas estavam presentes na assembleia em que foi votada a proposta.
"Muitos chegaram depois da votação na assembleia. Por isso estamos apoiando a decisão dos insatisfeitos de se declararem em greve", afirmou o líder sindical, que explicou que os motoristas querem um reajuste salarial de 12%.
Alguns grevistas atravessaram os ônibus em importantes avenidas da cidade e furaram os pneus, o que provocou grandes engarrafamentos.
Os motoristas do Rio e de São Paulo devem voltar a se reunir na próxima semana para decidir sobre novas greves e não descartam cruzar os braços durante a Copa.
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1. Uberlândia (MG) - 2006
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1/3 (Daniel Nunes)
Única cidade com menos de um milhão de habitantes com BRT, a mineira Uberlândia, com pouco mais de 600 mil pessoas, tem um corredor de 7,5 quilômetros na Avenida João Naves de Ávila há seis anos. Outros municípios brasileiros possuem faixas exclusivas, mas não atendem a todos os critérios de um BRT. Levando o preceito de ser na superfície o que o metrô é abaixo da terra, até mesmo shopping em uma das estações o BRT de Uberlândia tem, o que deve soar familiar para moradores de São Paulo. A imagem ao lado mostra uma das vantagens do sistema: a acessibilidade. Deficientes físicos adentram o coletivo tão rápido quanto os demais passageiros, já que as estações são elevadas. O corredor deu tão certo que o governo já tem mais quatro projetos aguardando verba do governo federal.
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2. São Paulo (SP) - 2007
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2/3 (Wikimedia Commons)
Dominante em Curitiba, o uso do BRT em São Paulo não chega nem perto de fazer cosquinha no metrô: os 9,7 quilômetros do primeiro transportam 81 mil pessoas diariamente, segundo a SPTrans, enquanto os 74 quilômetros do transporte subterrâneo dão conta de 4,5 milhões de viagens todos os dias. Mas quando se trata de avaliação,
o único corredor BRT da cidade se sai até melhor. Na última pesquisa da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), 81% dos passageiros acham o Expresso Tiradentes excelente ou bom, índice que cai para 74% no metrô. Os ônibus convencionais ficaram com 40%. O tempo de viagem entre o Terminal Sacomã e o Parque Dom Pedro II foi enormemente encurtado: caiu de 70 para 14 minutos, segundo a SPTrans. Em relação ao BRT “ideal”, o Expresso Tiradente perde apenas porque foi construído em via elevada. “Deveria ser na (altura da) rua, porque tem vantagem do ponto de vista da acessibilidade. Mas em relação a velocidade, o benefício foi plenamente atingido”, afirma Otávio Cunha, da NTU.
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3. Rio de Janeiro (RJ) - 2012
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3/3 (Divulgação/Facebook)
Como diz a máxima, quem ri por último, ri melhor. Quando se trata de BRT, o Rio de Janeiro pode ter chegado atrasado, mas saiu na frente na nova leva de munícipios onde o sistema está sendo implantado por causa da Copa. O Transoeste foi inaugurado em junho. O Rio segue as regras dos BRTs, a mais importante delas sendo as vias com ultrapassagem, que permitem a existência de linhas expressas e semiexpressas. Quem quer ir de uma ponta a outra o pode fazer sem demoras. Em
pesquisa realizada pelo Instituto Mapear, a aprovação chegou a 90%, resultado de
quem demorava até 2h30 no trajeto entre Santa Cruz e Barra da Tijuca e agora o faz em 40 minutos. Dentro dos ônibus articulados, uma gravação informa a próxima estação de parada, como em metrôs. Os GPS nos ônibus permitem que se saiba quando chegarão às estações, como em outros BRTs desta galeria. Mas o governo precisará resolver os atropelamentos, que têm sido constantes. Na capital carioca, mais três corredores estão em construção para serem inaugurados até o Mundial de 2014 e as Olimpíadas.