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Motorista de atropelamento no Rio tinha CNH cassada desde 2014

Informação foi divulgada pelo Detran-RJ, que não informou o motivo da suspensão

Rio de Janeiro: laudo do Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Civil deu resultado negativo para o teste de alcoolemia do motorista (Lucas Landau/Reuters)

Rio de Janeiro: laudo do Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Civil deu resultado negativo para o teste de alcoolemia do motorista (Lucas Landau/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de janeiro de 2018 às 10h29.

Última atualização em 19 de janeiro de 2018 às 13h09.

Rio de Janeiro - O motorista Antonio de Almeida Anaquim, 41, que dirigia o carro que atropelou 17 pessoas - entre elas um bebê, que morreu - na noite desta quinta-feira, 18, na orla de Copacabana, está com a sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa desde maio de 2014.

A informação foi divulgada pelo Detran-RJ, que não informou o motivo da suspensão. Segundo o órgão, no entanto, Anaquim não cumpriu com a exigência de devolução da CNH para realização de curso de reciclagem.

O Detran também informou que, por cometer um crime de trânsito ao dirigir com a carteira suspensa, o motorista terá sua documentação cassada, "como determina a legislação federal de trânsito".

"Neste caso, o Detran esclarece que cumpriu com todo o trâmite do Código Brasileiro de Trânsito. O Detran-RJ, assim como toda a sociedade carioca, se solidariza com as vítimas deste acidente", disse o órgão por meio de nota.

O laudo do Instituto Médico Legal (IML) da Polícia Civil deu resultado negativo para o teste de alcoolemia do motorista. Além de deixar um bebê morto, o acidente resultou em ferimentos em pelo menos 17 pessoas.

Segundo testemunhas, Anaquim teria perdido o controle de seu carro por volta das 20h30 na altura da Rua Figueiredo de Magalhães.

O automóvel invadiu a calçada e a areia. Ele afirmou à Polícia Civil ser epilético e ter sofrido um desmaio enquanto dirigia. Testemunhas também contaram que, ao descer do veículo, Anaquim estava "meio parado" e "não esboçava reação".

Segundo os PMs, dentro do carro de Anaquim havia medicamentos para epilepsia. Após prestar depoimento, o motorista foi levado ao Instituto Médico-Legal (IML) para realizar exames de saúde que poderiam comprovar problema médico.

Pessoas epiléticas podem dirigir automóveis, desde que comprovem não sofrer crises frequentes.

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