Trânsito na Avenida Paulista, em São Paulo (.)
Da Redação
Publicado em 26 de agosto de 2015 às 22h50.
Manifestação de motociclistas em São Paulo terminou na noite de hoje (26) em frente à Câmara Municipal paulistana, onde entregaram uma carta com reivindicações aos vereadores, entre as quais medidas para melhorar a circulação e o estacionamento de motos na capital paulista.
Antes de chegarem à Câmara, os motociclistas bloquearam diversas vias da capital paulista, como as Avenidas dos Bandeirantes e 23 de Maio e a Rua Líbero Badaró, provocando congestionamento na cidade. Eles também fizeram uma parada rápida em frente à prefeitura, onde pretendiam ser recebidos pelo prefeito da cidade, Fernando Haddad, o que não ocorreu.
Segundo o Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Moto-Taxistas do Estado de São Paulo (SindimotoSP), o protesto reuniu 10 mil motociclistas no momento de maior concentração. A Polícia Militar disse não ter calculado o número de participantes do protesto.
Os motociclistas reclamam na carta da proibição de motos circularem nas marginais [hoje, as motos não podem circular pela Marginal Tietê, mas, segundo os motociclistas, também está em estudos proibir a circulação na Marginal Pinheiros]; do estreitamento de faixas do trânsito nas vias públicas; da falta de bolsões de estacionamento no centro da cidade; da redução de velocidade sem campanhas de educação e da falta de campanhas de educação no trânsito para motociclistas.
Eles pedem a expansão dos bolsões para estacionamentos de motos; normatização de faixas de segurança para motos e sinalizadores de solo nos corredores virtuais de circulação de motos, entre outras medidas. Os vereadores Salomão Pereira (PSDB) e Adolfo Quintas (PSDB) se comprometeram a analisar a carta dos motociclistas e lembraram o projeto de lei, nº 178/2011, que tramita na Câmara Municipal e determina a utilização de faixa exclusiva para motociclistas na cidade.
O presidente do sindicato Gilberto Almeida, o Gil, lamentou que o prefeito não tenha recebido um representante da categoria: “Embora o prefeito não tenha nos recebido mais uma vez, analisamos [o protesto] positivamente porque colocamos para fora o que está engasgado, que é a indignação de anos e anos”. Segundo Gil, apenas um assessor da prefeitura recebeu a carta de reivindicações.
Por meio de nota à imprensa, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), informou que foi criado um grupo específico, em outubro, para tratar das questões envolvendo o setor: “No período, ocorreram 18 reuniões, onde medidas como a criação de 319 espaços do Frente Segura [áreas destinadas para motos e bicicletas junto aos semáforos, à frente dos outros veículos], a instalação de 88 bolsões de estacionamento para motofrete e a reforma de outros 32 foram implantadas”:
Também por meio de nota, o Sindicato das Empresas de Distribuição das Entregas Rápidas do Estado de São Paulo (Sedersp), que representa a categoria patronal motofretista, disse apoiar o protesto pacífico e que "reforça a necessidade emergencial da regulamentação da classe, da fiscalização e combate às empresas clandestinas e das plataformas de aplicativos, e de cobranças de ações efetivas do Poder Público para melhorias no transporte, dentre elas políticas de incentivo à educação no trânsito".
Segundo o sindicato, o setor atende cerca de 600 mil empresas por dia, gerando emprego para mais de 200 mil motofretistas na capital paulista.