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Motim em presídio do MS deixa um detento morto

Sete presos de uma cela da área disciplinar se amotinaram e tomaram outros dois detentos como reféns

MS: o preso morto estava havia oito anos na prisão cumprindo penas por homicídio, roubo e tráfico de drogas (Agepen/Divulgação)

MS: o preso morto estava havia oito anos na prisão cumprindo penas por homicídio, roubo e tráfico de drogas (Agepen/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de fevereiro de 2017 às 15h43.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 15h44.

Sorocaba - Um preso foi decapitado por outros detentos durante um princípio de rebelião, nesta sexta-feira, 24, na Penitenciária Estadual de Dourados, em Mato Grosso do Sul. A unidade está superlotada com 2,2 mil detentos, mais do que o dobro da capacidade.

Sete presos de uma cela da área disciplinar se amotinaram e tomaram outros dois detentos como reféns. Eles se diziam ameaçados por uma facção e queriam a transferência. Com a confusão, presos de outras celas começaram a fazer barulho e bater nas grades.

O presídio foi cercado pela Polícia Militar. Policiais militares e agentes penitenciários negociaram ao libertação dos reféns. Um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) participou das negociações.

Quando os presos decidiram se entregar, os agentes entraram na cela e encontraram o corpo do detento José Alécio dos Santos, de 35 anos, decapitado.

De acordo com a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), o preso morto estava havia oito anos na prisão cumprindo penas por homicídio, roubo e tráfico de drogas.

Os sete detentos foram levados para a 2ª Delegacia da Polícia Civil e seriam transferidos para unidades prisionais de Campo Grande, capital do Estado. A transferência foi uma das condições dos detentos para encerrar o motim.

Ainda segundo a Agepen, os envolvidos no motim ficarão isolados. Entre os transferidos está o detento Rogério Lourenço dos Santos, que assumiu a autoria do assassinato do colega. Ele responderá pelo crime de homicídio.

A agência declarou que a ação foi um fato isolado e que não há informações de que os presos sejam ligados a facções. As circunstâncias do motim serão apuradas, e o homicídio será investigado pela Polícia Civil.

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