Bolsonaro e Eduardo Pazuello durante cerimônia de posse (Isac Nóbrega/PR/Flickr)
Estadão Conteúdo
Publicado em 17 de setembro de 2020 às 09h01.
Última atualização em 17 de setembro de 2020 às 11h12.
Depois de afastar dois médicos do cargo de ministro da Saúde, o presidente Jair Bolsonaro optou por colocar o general do Exército Eduardo Pazuello no comando. Ele assumiu a pasta em 15 de maio, logo após a saída de Nelson Teich, de quem era secretário executivo.
Em maio, no primeiro dia dele no cargo, o número de mortes pelo novo coronavírus no Brasil era de 14.817 e os casos confirmados, 218.223, segundo o próprio Ministério da Saúde. Ontem, o número chegou nas 134.174 mortes confirmadas e 4,4 milhões de casos, segundo o consórcio de veículos de imprensa. O total de vítimas cresceu nove vezes no período.
A primeira ação efetiva de Pazuello no cargo foi atender ao pedido de Bolsonaro que Luiz Henrique Mandetta e Teich, os dois antecessores, se recusaram: recomendar a cloroquina para todos os pacientes de covid-19. Em documento divulgado em 20 de maio, o ministério orientou a prescrição do medicamento desde os primeiros sinais da doença, apesar de vários estudos terem mostrado a falta de eficácia do medicamento.
Em seguida, Pazuello acabou com as entrevistas coletivas diárias. Em junho, após o governo Bolsonaro restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, foi articulada uma parceria entre veículos de imprensa para manter a atualização diária dos números.
A principal aposta de Pazuello no cargo é que a vacina que está sendo produzida pela Universidade de Oxford (Reino Unido), em parceria com o laboratório AstraZeneca, dê certo. Em 8 de setembro, foi firmado um contrato de encomenda tecnológica, que garante acesso a mais de 100 milhões de doses do ingrediente farmacêutico.