Mortes no Brasil: em 17 estados as mortes externas de homens cresceram (Getty Images/Reprodução)
Guilherme Dearo
Publicado em 31 de outubro de 2018 às 12h10.
Última atualização em 31 de outubro de 2018 às 12h12.
São Paulo - Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) hoje (31) mostram que as mortes de homens por causas externas cresceram em 17 dos 27 estados brasileiros nos últimos dez anos, entre 2007 e 2017. As causas externas são todas aquelas que não são doenças - como homicídio, suicídio, acidente de trânsito, afogamento e queda.
As maiores altas foram em estados do Norte e do Nordeste do Brasil: Ceará (144,1%), Sergipe (134,7%), Bahia (128,5%), Acre (121,8%), Tocantins (114,7%), Rio Grande do Norte (113,1%) e Piauí (111,8%). Entre os estados que conseguiram diminuir tais mortes estão Paraná (-43,2%), Distrito Federal (-35%) e São Paulo (-30,9%).
Homens entre 20 e 24 são especialmente vulneráveis diante de homicídios, suicídios e acidentes de trânsito. Entre 2007 e 2017 essas mortes foram 11 vezes mais comuns entre homens dessa faixa etária que entre mulheres. Ou seja, um jovem brasileiro nessa faixa etária tem 11 vezes mais chances de morrer de causas não naturais que uma mulher na mesma idade.
Para ambos os sexos houve queda do número de registros de óbitos por causas externas até os 14 anos de idade no período. Para os homens, houve aumento de mortes acidentais a partir dos 15 anos de idade, com exceção do grupo de 25 a 29 anos, que apresentou leve queda (1,8%). Os maiores aumentos relativos, tanto para homens quanto para as mulheres, considerando as mortes por causas externas, foram observados no grupo de 80 anos ou mais, 31,2% e 39,1% para os homens e mulheres, respectivamente. As quedas acidentais respondem por grande parte dessas mortes.
Confira o aumento das mortes externas entre homens:
Variação relativa do volume de óbitos registrados por causas externas (não naturais) no grupo de homens na faixa etária de 15 a 24 anos, segundo Unidades da Federação - Brasil - 2007/2017 | |
---|---|
Paraná | -43,2 |
Distrito Federal | -35 |
São Paulo | -30,9 |
Espírito Santo | -25,9 |
Mato Grosso do Sul | -23,5 |
Rio de Janeiro | -20,9 |
Rondônia | -19,3 |
Minas Gerais | -9,9 |
Santa Catarina | -4,4 |
Mato Grosso | -3,3 |
Pernambuco | 16,6 |
Goiás | 20,1 |
Rio Grande do Sul | 22,8 |
Paraíba | 24,4 |
Amapá | 53,2 |
Maranhão | 71,7 |
Pará | 73,4 |
Alagoas | 73,5 |
Roraima | 80 |
Amazonas | 80,7 |
Piauí | 111,8 |
Rio Grande do Norte | 113,1 |
Tocantins | 114,7 |
Acre | 121,8 |
Bahia | 128,5 |
Sergipe | 134,7 |
Ceará | 144,1 |