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Morte de adolescente não foi causada por vacina da Pfizer, conclui Anvisa

A conclusão é que a adolescente sofria um quadro característico de Púrpura Trombótica Trombocitopênica, uma doença autoimune

Vista da sede da Anvisa em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

Vista da sede da Anvisa em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de setembro de 2021 às 20h16.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concluiu que a morte de uma adolescente de 16 anos em São Paulo não está relacionada à aplicação da vacina contra Covid-19 da Pfizer, informou o órgão nesta quarta-feira.

Segundo a agência, o caso foi detalhado em reunião do Comitê Interinstitucional de Farmacovigilância de Vacinas e outros Imunobiológicos, em que o processo investigativo do caso foi detalhado e validado.

A conclusão é que a adolescente sofria um quadro característico de Púrpura Trombótica Trombocitopênica (PTT), uma doença autoimune, de acordo com a Anvisa.

"A causalidade foi classificada como coincidente, ou seja, descartou-se a possibilidade de o óbito ter sido relacionado à administração da vacina", disse a agência em comunicado.

A Anvisa explicou ainda que os especialistas investigadores levaram em conta dados de prontuário da paciente e exames complementares, e concluíram ainda que a paciente não apresentava qualquer doença cardiológica.

O óbito da adolescente chegou a motivar uma decisão do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, de suspender a vacinação contra Covid de adolescentes acima de 12 anos sem comorbidades -- decisão criticada pela comunidade médica e pelos Estados, que questionaram a orientação.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski afirmou na terça-feira que cabe aos entes federativos definir se vão promover a vacinação de adolescentes maiores de 12 anos contra Covid-19, citando que a suspensão da imunização por conta do evento "não encontra amparo em evidências acadêmicas, nem em análises estratégicas" realizadas internacionalmente.

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