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Mortalidade infantil no estado de São Paulo cai 65% em 25 anos

No ano passado, o estado registrou 10,7 mortes de crianças menores de um ano para cada mil nascidas vivas

Bebês: em números absolutos, houve queda tanto no número de nascidos vivos quanto na mortalidade (AFP/Illustration / Miguel Alvarez)

Bebês: em números absolutos, houve queda tanto no número de nascidos vivos quanto na mortalidade (AFP/Illustration / Miguel Alvarez)

AB

Agência Brasil

Publicado em 27 de outubro de 2016 às 17h12.

A mortalidade infantil no estado de São Paulo caiu 65,7% nos últimos 25 anos, segundo levantamento da Secretaria de Estado de Saúde em parceria com a Fundação Seade.

No ano passado, o estado registrou 10,7 mortes de crianças menores de um ano para cada mil nascidas vivas. Em 1990, o índice era 31,2 para cada mil.

Em números absolutos, houve queda tanto no número de nascidos vivos quanto na mortalidade. Em 1990 foram 653.576 nascidos vivos e 20.384 óbitos de bebês com menos de 1 ano. Em 2015, houve 632.407 nascidos vivos e 6.743 mortes de menores de um ano de idade.

O governo atribui a redução ao aprimoramento da assistência ao parto e à gestante, ao incentivo ao aleitamento materno, à ampliação do acesso ao pré-natal, à expansão do saneamento básico e à vacinação em massa de crianças pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Na análise por municípios, os dados indicam que a região de São José do Rio Preto registrou o menor índice de mortalidade infantil do estado em 2015, com 8,4 óbitos por mil nascidos vivos; seguida pela região de Ribeirão Preto, com 8,6 mortes por mil nascidos vivos; e de Campinas e São João da Boa Vista, com 9,1. Na região metropolitana de São Paulo, a taxa é de 10,9 óbitos de crianças com menos de 1 ano.

De acordo com o levantamento, as regiões de Registro e Ribeirão Preto tiveram as maiores reduções do índice entre 2015 e 2014 (- 31,5% e - 24,1%, respectivamente).

Das 17 regiões do estado, 15 registraram queda na mortalidade em 2015 em relação ao ano anterior. Dos 645 municípios paulistas, 178 não tiveram nenhum óbito e um quarto das cidades apresentou índices inferiores a dois dígitos.

"Temos que redobrar os esforços na região metropolitana da Baixada Santista, que tem mais pobreza, ocupação irregular. Vamos ter mais hospitais prontos no ano que vem, que é o Hospital Regional de Itanhaém; e no Vale do Ribeira, o Hospital Regional de Registro. Mas é importante destacar que nossa meta é chegar a menos de 10 óbitos a cada mil nascidos vivos", disse o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, David Uip, após apresentar os dados no Hospital Leonor Mendes de Barros, no bairro do Belenzinho, zona leste da capital.

Causas

O levantamento também mostrou que a principal causa de morte na primeira semana de vida está relacionada a complicações perinatais, ou seja, ligadas a problemas na gravidez, parto ou nascimento, que representaram 77,9% dos óbitos na fase neonatal (zero a seis dias de vida). As complicações perinatais também são a principal causa de mortes de crianças com menos de um ano (57,4%).

Em seguida, aparecem as malformações congênitas, deformidades e anomalias cromossômicas, com 23% do total de mortes. Na fase pós-neonatal (28 a 364 dias de vida), esse fator representou 26,5% das mortes.

As doenças do aparelho respiratório e as infecciosas e parasitárias foram responsáveis, cada uma, por 4,1% das mortes de crianças de até 1 ano na fase neonatal. Na fase pós-neonatal, ambas são mais recorrentes correspondendo a 12,3% e 12,8% dos óbitos, respectivamente.

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