Geneton Moraes Neto com Gilberto Gil: jornalista não resistiu a complicações causadas por um aneurisma da artéria aorta (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 22 de agosto de 2016 às 21h27.
Morreu nesta segunda-feira, 22, aos 60 anos de idade, o jornalista e escritor pernambucano Geneton Moraes Neto. Ele estava internado desde maio na Clínica São Vicente, na Gávea, na zona sul do Rio de Janeiro. Não resistiu a complicações causadas por um aneurisma da artéria aorta.
Com mais de 40 anos de jornalismo, Geneton foi repórter da sucursal do Nordeste do jornal O Estado de S. Paulo entre 1975 e 1980. Na Rede Globo, foi editor do Jornal da Globo e Jornal Nacional, correspondente na Inglaterra e repórter e editor-chefe do Fantástico. Produzia reportagens especiais para a GloboNews desde 2006.
Publicou diversas obras, entre elas Hitler/Stalin: o pacto maldito, O Dossiê Drummond/ a última entrevista do poeta, Dossiê Brasil e Dossiê 50: os onze jogadores revelam os segredos da maior tragédia do futebol brasileiro.
Em 2015, dirigiu o documentário Cordilheiras no Mar: a Fúria do Fogo Bárbaro, sobre o apoio de Glauber Rocha ao projeto de abertura política de Geisel, que ganhou o Prêmio Especial do Júri no 25º Festival Ibero-americano de Cinema.
Em 2010, ganhou o Prêmio Embratel de Telejornalismo, pelas entrevistas feitas com os generais Newton Cruz e Leônidas Pires Gonçalves, exibidas no programa Dossiê GloboNews. Em 2012, recebeu a Medalha João Ribeiro da Academia Brasileira de Letras, concedida a personalidades da área da cultura.
O jornalista deixou a mulher, duas filhas e netos. Apaixonado pelo ofício, Geneton afirmou, em depoimento ao Memória Globo: "Todo profissional precisa de uma bandeira. Escolhi uma: fazer Jornalismo é produzir memória. De certa forma, é o que me move".