Brasil

Morre aos 94 anos Andor Stern, brasileiro sobrevivente do Holocausto

Nascido na capital paulista, Andor Stern mudou-se para a Hungria ainda criança junto com seus pais. Foi levado para Auschwitz, separado de sua família e não voltou a revê-la

Depoimentos de Adorn Stern sobre o Holocausto viraram filme
 (Reprodução Memorial do Holocausto/Agência Brasil)

Depoimentos de Adorn Stern sobre o Holocausto viraram filme (Reprodução Memorial do Holocausto/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de abril de 2022 às 20h26.

Andor Stern morreu na manhã desta quinta-feira, 7, aos 94 anos, em São Paulo. O palestrante era sobrevivente ao Holocausto. Stern morreu em casa, conforme comunicado pela família nas redes sociais. A causa da morte não foi revelada. O velório e o enterro foram realizados em Embu, em São Paulo.

"Nossa família agradece desde já por todas as mensagens de apoio e palavras de carinho." Andor dedicou parte da vida às palestras sobre a Segunda Guerra Mundial. O Holocausto aconteceu nas décadas de 1930 e 1940, com o genocídio de judeus e outras minorias.

Em nota, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) lamentou a morte de Stern. E, assim como a família, citou a contribuição dada à sociedade pelo sobrevivente à guerra. Seus depoimentos estão registrados no filme Não Mais Silêncio, de Marcio Pitliuk e Luiz Rampazzo.

Stern nasceu em São Paulo em 1928 e se mudou para a Hungria ainda criança junto com seus pais. Foi levado para o campo de concentração de Auschwitz separado de sua família e não voltou a revê-la. De volta ao Brasil, Andor dedicou sua vida a relatar o que viu e sofreu em Auschwitz.

"Ensinando os horrores do período para que não se neguem nem se repitam, e motivando as pessoas a valorizarem e agradecerem a vida e a liberdade. O carinho de vocês sempre foi muito importante para ele", agradeceu a família.

Acompanhe tudo sobre:Judeus

Mais de Brasil

Senado aprova autonomia na gestão financeira da PPSA, a estatal do pré-sal

Assassinato de delator do PCC é 'competência do estado', afirma Lewandowski

Alesp aprova proibição de celulares em escolas públicas e privadas de SP

Geração está aprendendo menos por causa do celular, diz autora do PL que proíbe aparelhos em escolas