Brasil

Moro recebe sugestão de levar pacote anticrime ao Senado

Intenção é dar protagonismo aos senadores enquanto os deputados se debruçam nas discussões da reforma da Previdência

Sérgio Moro: ministro tem recebido sugestões de senadores para enviar pacote anti-crime para a Casa (Ueslei Marcelino/Reuters)

Sérgio Moro: ministro tem recebido sugestões de senadores para enviar pacote anti-crime para a Casa (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de março de 2019 às 08h18.

Última atualização em 26 de março de 2019 às 08h18.

Brasília — Com a tramitação "travada" na Câmara, o pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro, pode começar a ser discutido primeiro no Senado. A proposta foi levada ontem, 25, ao próprio ministro pela senadora Eliziane Gama (PPS-MA).

A intenção é dar protagonismo aos senadores enquanto os deputados se debruçam nas discussões da reforma da Previdência. A falta de prioridade dada ao pacote pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), provocou divergências públicas entre o deputado e o ministro na semana passada, com direito a troca de farpas entre os dois.

"Ele recebeu a ideia muito bem. Me pediu esta semana para que pudesse conversar com a Casa Civil e outros representantes do governo, para não criar mal-estar com a Câmara nem com Maia", disse Eliziane após reunião com o ministro.

Para que seja analisada primeiro pelo Senado, porém, algum parlamentar terá que replicar a proposta na Casa, colocando-se como autor do projeto.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), também já foi consultado sobre a possibilidade. O assunto deve ser discutido hoje, em reunião de líderes.

A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a senadora Simone Tebet (MDB-MS), porém, disse não ser "propício" a proposta ser discutida antes pelo Senado. "Somos uma Casa revisora. Projeto dessa natureza tem que começar regimentalmente pela Câmara para depois vir ao Senado", afirmou a emedebista.

Grupo

Na Câmara, Maia estabeleceu um prazo de 90 dias para um grupo de trabalho analisar se junta a proposta de Moro com outras medidas já em discussão na Casa. Só depois, uma comissão especial será formada para analisar o projeto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Governo BolsonaroSenadoSergio Moro

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas