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Moro prepara selo de qualidade para evitar gastos com armas danificadas

A iniciativa tem entre as metas evitar acidentes decorrentes de falhas e economizar com aquisições a preços mais baixos

Armas: técnicos que participaram da elaboração do selo observam que não faltam casos de falhas em equipamentos usados pelos agentes de segurança (Gabinete de Intervenção Federal/Reprodução)

Armas: técnicos que participaram da elaboração do selo observam que não faltam casos de falhas em equipamentos usados pelos agentes de segurança (Gabinete de Intervenção Federal/Reprodução)

CC

Clara Cerioni

Publicado em 26 de setembro de 2019 às 11h15.

Última atualização em 26 de setembro de 2019 às 11h36.

Brasília — Em uma ofensiva para reduzir o desperdício de dinheiro na compra de armas, coletes e viaturas com defeitos, o Ministério da Justiça e Segurança Pública prepara o lançamento de um selo de qualidade de equipamentos utilizados pelas polícias e guardas municipais.

O certificado faz parte do programa Pró-Segurança, que tem entre as metas evitar acidentes decorrentes de falhas e economizar com aquisições a preços mais baixos.

As normas técnicas que vão definir cada selo serão elaboradas por uma equipe formada por técnicos da pasta do ministro Sergio Moro e do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

No momento, o ministério revisa a minuta do decreto presidencial instituindo a criação do programa. O documento deve ser enviado nas próximas semanas ao Planalto.

Técnicos que participaram da elaboração do selo observam que não faltam casos de falhas em equipamentos usados pelos agentes de segurança.

No fim de 2018, o sushiman Leandro Santana dos Santos, de 26 anos, foi morto por policiais após ter ameaçado clientes e supostamente reagido a uma abordagem em um restaurante do Itaim-Bibi, em São Paulo.

A polícia havia acionado uma arma de choque, que não funcionou. Foi então utilizada arma de fogo.

Em 2009, um lote de 1,5 mil pistolas adquiridas pela Polícia Rodoviária Federal foi retirado de circulação. O mesmo ocorreu no ano passado com 59% do lote de armas elétricas incapacitantes adquirido pela Guarda Municipal de Fortaleza.

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