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Moro prende mais dois alvos da Lava Jato após condenação do TRF-4

Leon Vargas, irmão do ex-deputado André Vargas (ex-PT-PR), e Ricardo Hoffman foram transferidos para o Complexo Médico-Penal, de Curitiba

Moro: André Vargas está custodiado desde abril de 2015. Por isso, Moro não mandou expedir um novo mandado de prisão (Leonardo Benassatto/Reuters)

Moro: André Vargas está custodiado desde abril de 2015. Por isso, Moro não mandou expedir um novo mandado de prisão (Leonardo Benassatto/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de fevereiro de 2018 às 14h07.

Última atualização em 27 de fevereiro de 2018 às 14h12.

São Paulo - O juiz federal Sérgio Moro mandou prender na segunda-feira, 26, mais dois alvos da Operação Lava Jato em execução de pena após condenação pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).

O magistrado autorizou a transferência do empresário Leon Vargas, irmão do ex-deputado André Vargas (ex-PT-PR), e do publicitário Ricardo Hoffman para o Complexo Médico-Penal, de Curitiba, onde estão os presos da operação.

"Exaurida a segunda instância após o julgamento de embargos de declaração contra o acórdão dos infringentes, as penas devem ser executadas como previsto expressamente no acórdão condenatório. Não cabe a este Juízo discutir a ordem", anotou Moro.

"Agrego apenas que tratando-se de crimes de gravidade, inclusive corrupção e lavagem de dinheiro, a execução após a condenação em segundo grau impõe-se sob pena de dar causa a processos sem fim e a, na prática, impunidade de sérias condutas criminais."

A corte de 2ª instância condenou André Vargas, por corrupção passiva e lavagem, a 13 anos, dez meses e 24 dias de reclusão em regime inicial fechado. Leon Vagas pegou, pelos mesmos crimes, dez anos, dez meses e 12 dias em regime inicial fechado. Ricardo Hoffman foi condenado por corrupção ativa e lavagem a 13 anos, dez meses e vinte e quatro dias de reclusão em regime inicial fechado.

André Vargas está custodiado desde abril de 2015. Por isso, Moro não mandou expedir um novo mandado de prisão.

Segundo a acusação da Lava Jato, o ex-deputado recebeu cerca de R$ 1 milhão como vantagem indevida de Ricardo Hoffman, então dirigente da agência de publicidade Borghi e Lowe. André Vargas teria sido auxiliado por Leon Vargas.

"Parte da responsabilidade pela instauração da corrupção sistêmica e descontrolada no Brasil foi a inefetividade dos processos criminais por crimes de corrupção e lavagem no Brasil", afirmou o juiz da Lava Jato. "Assim e obedecendo à Corte de Apelação, expeça a Secretaria os mandados de prisão para execução provisória da condenação de Leon Denis Vargas Ilário e Ricardo Hoffmann."

Defesas

A reportagem tentou contato com a defesa de Leon Vargas e está tentando localizar as defesas de André Vargas e Ricardo Hoffman. O espaço está aberto para as manifestações.

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