Brasil

Moro põe em liberdade empresário preso em fase da Lava Jato

No despacho, Moro afirma que a prisão temporária de Reis venceria nesta terça-feira e que a Polícia Federal alegou não ver necessidade de manter a prisão


	Sergio Moro: ele terá prazo de três dias para entregar todos os passaportes que tiver e não poderá deixar o país
 (Reuters)

Sergio Moro: ele terá prazo de três dias para entregar todos os passaportes que tiver e não poderá deixar o país (Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2016 às 12h58.

O juiz Federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, decidiu colocar em liberdade o executivo Marcos Pereira Reis.

Ele era ligado ao consórcio Quip e teve a prisão decretada na 33ª fase da Lava Jato. O consórcio tinha participação majoritária da Queiroz Galvão, empresa-alvo da operação.

No despacho, com data de ontem (9), Moro afirma que a prisão temporária de Reis venceria nesta terça-feira e que a Polícia Federal alegou não ver necessidade de manter a prisão.

“Considerando que o investigado se apresentou e teria, ademais, papel subordinado no suposto esquema criminoso, é o caso de colocá-lo em liberdade”, diz a decisão do juiz.

No texto, Moro registra ainda que Reis está submetido à investigação e pelo fato de o executivo ter “conexões com o exterior”, o juiz determinou medidas que devem ser cumpridas. Uma dessas medidas é o comparecimento aos atos que tiverem relação com o processo.

Ele terá também prazo de três dias para entregar todos os passaportes que tiver e não poderá deixar o país. O juiz determinou ainda que a Delegacia de Fronteira seja informada da decisão e comunicada sobre a proibição de emitir novos passaportes para o investigado.

Operação

Reis teve o mandado de prisão temporária expedido na 33ª fase da Operação Lava Jato, denominada Resta Um. Como estava fora do país no dia em que a operação foi deflagrada, se entregou dias depois à Polícia Federal em Curitiba.

O executivo havia informado às autoridades que iria se entregar e que estava providenciando o retorno ao Brasil.

A 33ª fase da Lava Jato teve como foco irregularidades cometidas pela Construtora Queiroz Galvão, a terceira em volume de contratos com a Petrobras.

A Resta Um tem por objetivo investigar contratos para obras no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro e nas refinarias de Abreu e Lima (PE), do Vale do Paraíba (SP), na Landulpho Alves (BA) e Duque de Caxias (RJ).

Acompanhe tudo sobre:PrisõesPolícia FederalSergio Moro

Mais de Brasil

Fachin decidirá se Fux continuará julgando trama golpista após mudança de Turma no STF

STF manda reabrir investigação contra Valdemar Costa Neto por trama golpista

Por 4 votos a 1, STF condena sete réus do núcleo de desinformação de trama golpista

Câmara aprova pacote de segurança que eleva pena de homicídio contra policiais e pune 'novo cangaço'