Brasil

Moro envia Força Nacional ao Maranhão após assassinato de indígenas

A decisão do ministro ocorre depois que um ataque a tiros matou dois índios e deixou outros dois feridos no município de Jenipapo das Vieiras

Maranhão: índio Guajajara vasculha estrada de terra perto da cidade de Amarante (Ueslei Marcelino/Reuters)

Maranhão: índio Guajajara vasculha estrada de terra perto da cidade de Amarante (Ueslei Marcelino/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 9 de dezembro de 2019 às 15h23.

Brasília - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, autorizou nesta segunda-feira o envio de policiais da Força Nacional de Segurança para a Terra Indígena Cana Brava, no Maranhão, após ataque a tiros que matou dois índios e deixou outros dois feridos no município de Jenipapo das Vieiras.

O objetivo do envio de tropas, segundo portaria do ministério, será promover a segurança de indígenas, servidores da Fundação Nacional do Índio (Funai) e quaisquer pessoas na região.

O emprego da Força Nacional ocorrerá entre 10 de dezembro e 8 de março de 2020, e o contingente ainda será definido pelo ministério. A eventual prorrogação da força poderá ocorrer se for solicitado.

Moro afirmou mais cedo nesta segunda-feira, no Twitter, que a Polícia Federal vai investigar o assassinato dos indígenas do povo Guajajara, ocorrido no fim de semana. A PF já havia informado no sábado que tinha aberto inquérito sobre o caso.

Os povos indígenas têm se deparado com uma escalada na violência durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, que defende a exploração comercial de terras protegidas. Os índios enfrentam situações violentas especialmente por parte de madeireiros ilegais e garimpeiros.

No mês passado, o indígena Paulo Paulino Guajajara, um "guardião da floresta", foi morto a tiros em um confronto com madeireiros ilegais em uma reserva próxima ao local do ataque do último fim de semana.

Acompanhe tudo sobre:IndígenasAssassinatosMaranhãoSergio Moro

Mais de Brasil

Bolsonaro tem crise de soluço e passa por atendimento médico na prisão da PF

Senado vai votar PL Antifacção na próxima semana, diz Davi Alcolumbre

Entrega de 1ª escola de PPP de SP deve ser antecipada para início de 2026

Após prisão, PL suspende salários e atividades partidárias de Bolsonaro