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Moro é vaiado em congresso de procuradores municipais em Curitiba

Em meio a aplausos de participantes, algumas vaias também puderam ser ouvidas durante o congresso

Sérgio Moro: diante das vaias, o juiz afirmou que tal conduta faz parte da democracia (Rafael Marchante/Reuters)

Sérgio Moro: diante das vaias, o juiz afirmou que tal conduta faz parte da democracia (Rafael Marchante/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de novembro de 2017 às 13h49.

São Paulo - O juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, foi alvo de protesto durante congresso dos procuradores municipais, na terça-feira, 21, em Curitiba. Alguns procuradores vaiaram o magistrado em meio a aplausos de outros presentes.

Segundo informações do site Paraná Portal, quando o nome de Moro foi confirmado para o evento, 72 procuradores encaminharam nota ao presidente da entidade de classe, Carlos Mourão, para manifestar descontentamento.

O grupo de procuradores que organizou o protesto deixou o local quando Moro iniciou a palestra.

Em meio a aplausos de participantes que, de pé, saudaram Moro foi possível ouvir algumas vaias. Moro não demonstrou preocupação. A amigos, mais tarde, ele comentou que uns poucos manifestantes o vaiaram e que tal conduta faz parte da democracia.

A procuradora municipal de Fortaleza Rosaura Brito Bastos, segundo o site, disse que Moro exerce uma magistratura acusatória, que desrespeita a defesa dos réus.

Durante a palestra, Moro declarou: "É possível cogitar a possibilidade, e isso é algo um tanto quanto aterrador, de que esquemas criminosos semelhantes se reproduzam em outras esferas - estadual, municipal, em vários países e vários locais dessa nação. O exemplo mais visível atualmente talvez seja o Estado do Rio de Janeiro, onde, puxando o fio de uma investigação originada de corrupção em contratos da Petrobrás, se identificou um esquema criminoso muito mais complexo a abrangente."

Após o evento, o juiz federal Sérgio Moro não se manifestou sobre as vaias no encontro dos procuradores municipais.

A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo fez contato com a entidade dos procuradores municipais, não obteve um posicionamento e deixou espaço aberto para manifestação.

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