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Moro decreta prisão preventiva de "operador" de Sérgio Cabral

Segundo delatores da Lava Jato, ele "era responsável pela organização da forma de pagamento e da cobrança das propinas"

Cabral: Wilson Carlos foi preso em caráter temporário na quinta-feira, 17, na Operação Calicute, etapa da Lava Jato (foto/Getty Images)

Cabral: Wilson Carlos foi preso em caráter temporário na quinta-feira, 17, na Operação Calicute, etapa da Lava Jato (foto/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de novembro de 2016 às 19h17.

São Paulo - O juiz federal Sérgio Moro decretou nesta segunda-feira, 21, a prisão preventiva de Wilson Carlos, apontado como operador administrativo do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB). Wilson Carlos foi preso em caráter temporário na quinta-feira, 17, na Operação Calicute, etapa da Lava Jato.

A decisão do magistrado acolhe pedido da Procuradoria da República que havia pedido a conversão da temporária em preventiva, que coloca Wilson Carlos em custódia por tempo indeterminado.

Wilson Carlos foi secretário de Administração da Gestão de Sérgio Cabral. Segundo delatores da Lava Jato, ele "era o operador administrativo do ex-governador, sendo responsável pela organização da forma de pagamento e da cobrança das propinas ajustadas pelas empreiteiras com Sérgio Cabral".

Na decisão, Moro afirmou que "os indícios cumpridamente analisados nesta decisão somam-se ao teor dos depoimentos prestados pelos quatro colaboradores, incluindo um ex-diretor da Petrobras e três altos executivos da Andrade Gutierrez, analisados na decisão de 10 de novembro de 2016, segundo os quais teria havido pagamento de propinas pela Andrade Gutierrez a Sérgio Cabral, a Carlos Miranda e a Wilson Carlos, em vários contratos e obras públicas, inclusive no contrato da empreiteira com a Petrobras para as obras de terraplanagem no Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro)".

"Defiro o requerido pelo Ministério Público Federal, para, presentes os pressupostos da prisão preventiva, boa prova de materialidade e de autoria, e igualmente os fundamentos, risco à ordem pública, à aplicação da lei penal e à instrução ou à investigação, decretar, com base nos artigos. 311 e 312 do Código de Processo Penal, a prisão preventiva de Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho", ordenou Moro.

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