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Moro autoriza que Gilberto Gil seja testemunha de Lula em processo

O cantor foi ministro da Cultura durante governo do petista e substituirá a ex-ministra Miriam Belchior como testemunha no processo sobre sítio de Atibaia

Lula: ex-presidente está preso na sede da Polícia Federal, na capital paranaense, desde 7 de abril (Victor Moriyama/Getty Images)

Lula: ex-presidente está preso na sede da Polícia Federal, na capital paranaense, desde 7 de abril (Victor Moriyama/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de maio de 2018 às 18h16.

Última atualização em 29 de maio de 2018 às 18h16.

São Paulo - O juiz federal Sérgio Moro autorizou nesta terça-feira, 29, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso pela Operação Lava Jato, em Curitiba, substitua algumas testemunhas de defesa no processo sobre o sítio de Atibaia. Sai a ex-ministra Miriam Belchior (Planejamento/Governo Dilma), entra o cantor e ex-ministro Gilberto Gil (Cultura/Governo Lula).

O magistrado permitiu ainda que outras três testemunhas sejam substituídas. Os depoimentos, que estavam com datas marcadas, serão reagendados.

Na mesma decisão, o juiz da Lava Jato manteve depoimentos de testemunhas programados para esta quarta-feira, 30. "Tendo em vista o aparente arrefecimento da paralisação dos caminhoneiros e a retomada gradativa da normalidade, esclareço que as audiências de amanhã estão mantidas", afirmou.

Na semana passada, em função da grande paralisação dos caminhoneiros, o juiz Moro cancelou audiências que ocorreriam nesta segunda, 28.

Lula está preso na sede da Polícia Federal, na capital paranaense, desde 7 de abril. O ex-presidente cumpre pena de 12 anos e seis meses por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá.

O caso envolvendo o sítio de Atibaia é a terceira ação contra Lula na Lava Jato do Paraná.

Segundo a acusação, Odebrecht, OAS e Schahin, por meio do pecuarista José Carlos Bumlai, gastaram R$ 1,02 milhão em obras no sítio em troca de contratos com a Petrobras.

O imóvel foi comprado no fim de 2010, quando Lula deixava a Presidência, pelos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna. O ex-presidente nega ter recebido vantagens indevidas das empreiteiras.

No outro processo, ainda no âmbito da Lava Jato, o petista é réu em ação penal que investiga se um terreno em São Paulo, onde seria sediado o Instituto Lula, no valor de R$ 12 milhões, e o apartamento vizinho ao do ex-presidente, em São Bernardo, no edifício Hill House - R$ 504 mil - seriam vantagens indevidas da empreiteira Odebrecht para o ex-presidente.

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