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Moro adia depoimento de Lula por questão de segurança

A PF alega que precisa de tempo para organizar o esquema de proteção do local de depoimento, já que o PT planeja enviar caravanas de apoio ao ex-presidente

Sergio Moro: o juiz federal decidiu adiar o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um dos processos ligados à Operação Lava Jato (Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil/Agência Brasil)

Sergio Moro: o juiz federal decidiu adiar o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um dos processos ligados à Operação Lava Jato (Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de abril de 2017 às 15h47.

Última atualização em 24 de abril de 2017 às 19h38.

Brasília - O secretário de Estado da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita de Oliveira, pediu ao juiz federal Sergio Moro, da Operação Lava Jato, que adie o interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marcado para o dia 3 de maio, na sede da Justiça Federal, em Curitiba.

O secretário alegou preocupação com "possível deslocamento de movimentos populares" para a capital paranaense.

"Solicito a Vossa Excelência avaliação sobre a viabilidade de redesignar data e/ou local da oitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, agendada para o dia 3 de maio do corrente ano para data posterior, tendo em vista notícias de possível deslocamento de movimentos populares para esta Capital Paranaense em virtude da semana de comemoração do Dia do Trabalhador (1º de maio), o que pode gerar problemas de segurança pública, institucional e pessoal", argumentou o secretário.

O pedido da Secretaria de Segurança Pública segue a mesma linha adotada pela Polícia Federal, que também sugeriu a Moro "mais tempo para realizar as tratativas com os órgãos de segurança e de inteligência para a audiência que será realizada".

Cabe ao juiz Moro decidir se irá mudar a data do interrogatório do ex-presidente Lula.

Nesta ação, o Ministério Público Federal sustenta que Lula recebeu R$ 3,7 milhões em benefício próprio - de um valor de R$ 87 milhões de corrupção - da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012.

As acusações contra Lula são relativas ao recebimento de vantagens ilícitas da empreiteira OAS por meio do tríplex no Guarujá, no Solaris, e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, mantido pela Granero de 2011 a 2016.

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