Alexandre de Moraes: o inquérito havia sido aberto em março do ano passado por ordem do atual presidente do Supremo, Dias Toffoli, e estava previsto que fosse encerrado em breve (Rosinei Coutinho/SCO/STF/Reprodução)
Reuters
Publicado em 1 de julho de 2020 às 18h50.
Última atualização em 1 de julho de 2020 às 19h18.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira prorrogar por mais 180 dias o inquérito das fake news, que apura a divulgação de notícias falsas e ameaças a ministros da corte, e com isso a investigação vai contemplar a gestão do próximo presidente do tribunal, Luiz Fux, que assumirá em setembro.
O inquérito havia sido aberto em março do ano passado por ordem do atual presidente do Supremo, Dias Toffoli, e estava previsto que fosse encerrado em breve.
"Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações e a proximidade do recesso, nos termos previstos no art. 10 do Código de Processo Penal, prorrogo por mais 180 (cento e oitenta) dias, a partir do encerramento do prazo anterior (15 de julho), o presente inquérito", disse Moraes, em despacho.
A investigação tem fechado o cerco a aliados do presidente Jair Bolsonaro e já levou a realização de buscas e apreensão de empresários simpatizantes do governo.
A apuração foi alvo de fortes críticas --principalmente do presidente e de bolsonaristas-- quanto ao fato de ter sido criada por Toffoli, que designou Moraes como condutor do inquérito, e não ter uma supervisão direta do Ministério Público Federal.
Contudo, o Supremo validou a legalidade do inquérito por ampla maioria dos ministros.