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Moraes nega pedido de prisão domiciliar de Bolsonaro e autorização de visitas

Juiz julgou prejudicados os pedidos da defesa de Bolsonaro, já que ex-presidente foi preso preventivamente

Alexandre de Moraes: Ministro do STF determinou prisão preventiva de Bolsonaro (Gustavo Moreno/STF/Flickr)

Alexandre de Moraes: Ministro do STF determinou prisão preventiva de Bolsonaro (Gustavo Moreno/STF/Flickr)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 22 de novembro de 2025 às 10h36.

Última atualização em 22 de novembro de 2025 às 10h50.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, julgou prejudicado os pedidos de concessão de prisão domiciliar feitos pela defesa de Jair Bolsonaro. Ao fazer isso, o juiz considera que a ação perde razão de existir, já que o ex-presidente foi preso preventivamente hoje pela Polícia Federal. Também foi negado o pedido de autorização de visitas.

Jair Bolsonaro foi preso preventivamente na manhã deste sábado, 22. Não se trata ainda do cumprimento de pena sobre as condenações sofridas no âmbito do STF.

Antes de ser levado para uma sala especial na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde agosto.

Bolsonaro tinha intenção de romper tornozeleira, diz decisão de Moraes

Na véspera da prisão do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL) usou as redes sociais para convocar uma vigília pelo pai em Brasília. A publicação motivou a ordem de prisão preventiva do ex-presidente.

A decisão de Moraes diz que "os elementos informativos apresentados evidenciam a possibilidade concreta de que a vigília convocada ganhe grande dimensão, com a concentração de centenas de adeptos do ex-presidente nas imediações de sua residência".

O texto também apontou para a possibilidade da vigília se estender por muitos dias, como ocorreu após o resultado das eleições de 2022, quando os apoiadores de Bolsonaro montaram acampamento na porta dos quartéis.

Na decisão, o ministro também afirma que o ex-presidente tentou romper a tornozeleira eletrônica na madrugada deste sábado e poderia se valer da manifestação convocada pela internet para fugir.

A íntegra desse trecho da decisão diz:

"O Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal comunicou a esta SUPREMA CORTE a ocorrência de violação do equipamento de monitoramento eletrônico do réu JAIR MESSIAS BOLSONARO, às 0h08min do dia 22/11/2025. A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho."

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