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Moraes determina que escolta de Bolsonaro seja feita exclusivamente pela PF e Polícia Penal

Ministro do STF justificou medida como forma de 'padronizar' escolta após episódio após demora para saída de ex-presidente de hospital no domingo passado

Agência o Globo
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Publicado em 17 de setembro de 2025 às 20h49.

Última atualização em 17 de setembro de 2025 às 21h01.

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira, 17, que todo o transporte, deslocamento e escolta do ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar, seja realizado exclusivamente pela Polícia Federal ou pela Polícia Penal, conforme a necessidade da situação.

A decisão exclui a participação de agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que permanecerão responsáveis apenas pela segurança dos familiares do ex-presidente.

Na segunda-feira, Moraes pediu explicações à Polícia Penal do Distrito Federal, controalda pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), aliado de Bolsonaro, explicasse o motivo de Bolsonaro não ter sido transportado de volta de forma "imediata" após ter sido liberado do hospital, onde havia realizado exames.

Na ocasião, antes de entrar no carro que o levaria de volta para casa, o ex-presidente ficou em pé por cerca de cinco minutos enquanto apoiadores entoavam gritos de apoio, como "volta Bolsonaro" e "anistia já". Eles também cantaram o Hino nacional. Com um semblante sério, cumprimentou com a cabeça alguns policiais que faziam parte da escolta, mas não falou nada aos apoiadores.

Em resposta, a Polícia Penal do DF informou que havia uma quantidade grande de pessoas próxima à viatura onde Bolsonaro iria embarcar, com risco de "desordem". "Os policiais optaram em não dar comando verbal ou usar a força necessária para que o monitorado embarcasse imediatamente", diz, em ofício a Moraes.

Na decisão de hoje, o ministro do STF diz ver a "necessidade de padronização" dos deslocamentos. "A necessidade de padronização dos deslocamentos, da segurança do custodiado e da garantia da ordem pública exige maior padronização, para se evitar os problemas ocorridos no último Domingo, onde (a) o desembarque e embarque foram realizados em local errado, ao ar livre e mediante diversas pessoas, (b) o custodiado permaneceu por longo tempo “assistindo” uma improvisada entrevista coletiva de seu médico", diz Moraes na decisão.

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