Repórter
Publicado em 30 de outubro de 2025 às 15h14.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o início do cumprimento da sentença do tenente-coronel Mauro Cid no caso da trama golpista.
A decisão permite que Cid retire a tornozeleira eletrônica, mas ele continuará cumprindo outras obrigações, como a proibição de deixar o Brasil.
Cid foi condenado a dois anos de prisão, mas em regime aberto, devido ao seu acordo de delação premiada. Ele foi o único dos oito réus a não recorrer da sentença, o que levou o STF, nesta terça-feira, a declarar o fim do processo em relação a ele.
Moraes determinou ainda que Cid participe de uma audiência no STF na próxima segunda-feira. Após essa audiência, a tornozeleira eletrônica será retirada.
Além disso, o tenente-coronel deverá cumprir as seguintes condições:
Os recursos do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros seis réus do chamado núcleo principal da trama golpista, apresentados na noite de segunda-feira, 27, devem ser julgados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) entre os dias 7 e 14 de novembro, em plenário virtual.
Segundo apuração do G1, o relator do caso, Alexandre de Moraes, deve solicitar ao presidente da Primeira Turma, Flávio Dino, que marque o julgamento dos questionamentos apresentados pelas defesas.
Além de Bolsonaro, outros condenados na mesma ação protocolaram embargos no Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira:
As defesas afirmam que os recursos têm como objetivo corrigir omissões e contradições e não necessariamente mudar o mérito das condenações. Caso sejam rejeitados, os réus ainda podem apresentar um novo embargo antes do início do cumprimento das penas.
Em setembro, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado em 2022 pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, Bolsonaro pagará 124 dias-multa, que representa dois salários mínimos por dia
Segundo a Procuradoria-Geral da República, uma organização estava "enraizada na própria estrutura do Estado e com forte influência de setores militares". A PGR também apontou que o grupo se "desenvolveu em ordem hierárquica e com divisão das tarefas preponderantes entre seus integrantes".
Entre os fatos revelados pelos investigadores está o plano "Punhal Verde e Amarelo", uma trama para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.