Após crise de soluço, Moreas libere visitas médicas a Bolsonaro ( Ton Molina/STF/09-06-2025)
Agência de notícias
Publicado em 13 de outubro de 2025 às 15h36.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira que a médica Marina Grazziotin Pasolini realize visitas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar, sem necessidade de comunicação prévia à Corte.
A decisão atende a um pedido feito pela defesa de Bolsonaro, que, mais cedo nesta segunda-feira, havia dito ao ministro que o ex-presidente tem apresentado um agravamento de episódios persistentes de soluço e necessita de atendimento médico imediato.
No documento, os representantes do ex-presidente afirmam que a situação requer “célere apreciação” e que o ingresso da profissional é necessário para a realização do atendimento. Bolsonaro está em prisão domiciliar desde o início de agosto após descumprir a ordem judicial que o proibia de usar redes sociais.
Além da autorização para atendimento médico, Moraes reiterou que Bolsonaro poderá receber qualquer tipo de tratamento em casa e, em casos de urgência, ser internado sem autorização judicial prévia. Nesses casos, o juízo deverá ser informado em até 24 horas, com a devida comprovação médica.
A decisão também reafirma medidas de segurança determinadas anteriormente. Desde 30 de agosto, todos os veículos que saírem da residência do ex-presidente devem passar por vistorias nos habitáculos e porta-malas. As inspeções devem ser documentadas e enviadas diariamente à Justiça, como forma de evitar “pontos cegos” no monitoramento e garantir o cumprimento da prisão domiciliar.
O ex-presidente tem apresentado alguns problemas de saúde desde que foi preso. Em setembro, Bolsonaro chegou a ser internado com pressão baixa, vômitos e crise de soluço. O ministro Moraes já autorizou a ida de uma lista de médicos à casa do ex-presidente de maneira contínua, sem a necessidade de autorização prévia.
No mês passado, o ex-presidente também foi a uma unidade hospitalar três dias após ser condenado a uma pena de 27 anos por tentativa de golpe e outros quatro crimes, ocasião em que foi identificado um quadro de "anemia" e uma tomografia mostrou imagem residual de uma pneumonia recente.
O médico do ex-presidente, Cláudio Birolini, já afirmou que as crises de soluço intensificam quando Bolsonaro fala por longos períodos. Na semana passada, ele teve uma crise após a visita do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).