O julgamento estava ocorrendo no plenário virtual do STF, sistema pelo qual os ministros depositam seus votos (Mateus Bonomi/Anadolu Agency/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 22 de agosto de 2024 às 06h30.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um inquérito para apurar o vazamento de mensagens de integrantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e de seu gabinete no STF. Os diálogos foram revelados pela Folha de S. Paulo na semana passada.
Entre os envolvidos no caso estão Eduardo Tagliaferro, que entre 2022 e maio de 2023 chefiou a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), do TSE, e o juiz auxiliar de Moraes no Supremo Airton Vieira. Na época, Moraes era presidente do TSE.
A decisão de determinar a apuração ocorre após a divulgação de mensagens indicarem o uso extraoficial da Corte Eleitoral por parte do ministro do STF.
O inquérito tramita no Supremo em sigilo e foi distribuído a Moraes “por prevenção” — por ter conexão com outros casos já relatados pelo ministro.
O ex-chefe da AEED foi demitido do cargo por Moraes em 9 de maio de 2023 depois de ter sido preso por acusação de violência doméstica em flagrante na noite de 8 de maio, em Caieiras, na região metropolitana de São Paulo, depois de ameaçar a esposa.
A defesa de Tagliaferro encaminhou um pedido a Moraes para ter acesso ao inquérito e nega qualquer irregularidade.