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Moção de apoio a Alckmin reúne 62 assinaturas, entre elas do vice de Doria

Alckmin foi denunciado por falsidade ideológica eleitoral, corrupção passiva e lavagem de dinheiro

Doria: vice do governador de SP saiu em defesa de Alckmin (Paulo Whitaker/Reuters)

Doria: vice do governador de SP saiu em defesa de Alckmin (Paulo Whitaker/Reuters)

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EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de julho de 2020 às 20h15.

Última atualização em 29 de julho de 2020 às 22h34.

Em movimento contrário àquele sinalizado pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que veio a público afirmar que são 'técnicas' as acusações contra seu antecessor e correligionário, Geraldo Alckmin, uma ala da sigla saiu em defesa do tucano diante da denúncia por falsidade ideológica eleitoral, corrupção passiva e lavagem de dinheiro apresentada pelo Ministério Público paulista na semana passada.

O prefeito da capital, Bruno Covas, o ex-prefeito de São Caetano do Sul, José Auricchio Jr., os ex-deputados André Montoro, Antônio Carlos Pannunzio e José Anibal, todos do PSDB, além do vice-governador do Estado, Rodrigo Garcia (DEM), e de ex-secretários da gestão Alckmin, subscreveram uma 'moção de solidariedade' ao ex-mandatário.

"Nós, que tivemos a honra e o privilégio de trabalhar com o ex-governador Geraldo Alckmin, testemunhando a sua diuturna preocupação com os mais elevados valores éticos, sérios compromissos republicanos e democráticos, manifestamos publicamente a nossa solidariedade a ele neste momento, com a certeza de que no tempo certo a Justiça se pronunciará definitivamente sobre os fatos noticiados recentemente, proclamando o que por todos já é sabido, a improcedência das atribuições que lhe foram dirigidas", diz o texto que conta com mais de 60 assinaturas.

Após o desgaste provocado pela ofensiva do Ministério Público, Alckmin deixou o comitê de campanha da reeleição do PSDB à prefeitura de São Paulo. O anúncio foi feito por Covas, que afirmou que a decisão partiu do ex-governador.

Denúncia

De acordo com a Promotoria, Alckmin recebeu R$ 2 milhões em espécie da Odebrecht na campanha ao Palácio dos Bandeirantes em 2010 e R$ 9,3 milhões quando disputou a reeleição, em 2014.

O Ministério Público de São Paulo diz que o dinheiro de caixa dois foi pago através de 'doleiros' em estratégia para ocultar a origem dos valores e que o intermediário das negociações foi o cunhado do ex-governador.

Alckmin nega as acusações incluídas na denúncia apresentada à Justiça, que segundo ele 'não encontram suporte nos fatos'.

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