Brasil

Mobilização cobra do Senado aprovação de MP contra fraudes no INSS

Neste domingo, a hashtag #SenadoAprovaMP871 está em quinto lugar nos trending topics da rede social

INSS: segundo o governo, a medida pode gerar economia aos cofres públicos de R$ 9,8 bilhões apenas no primeiro ano de vigência. (INSS/Agência Brasil)

INSS: segundo o governo, a medida pode gerar economia aos cofres públicos de R$ 9,8 bilhões apenas no primeiro ano de vigência. (INSS/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de junho de 2019 às 11h51.

São Paulo — Uma mobilização pela aprovação no Senado da Medida Provisória (MP) 871, que tem por objetivo combater fraudes e irregularidades em benefícios previdenciários, está em quinto lugar nos trending topics do Twitter Brasil neste domingo (2), com a hashtag #SenadoAprovaMP871.

A votação da MP no Senado está marcada para esta segunda-feira (3), mesmo dia em que está marcada para caducar.

A proposta cria um programa de revisão de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), exige cadastro do trabalhador rural e restringe o pagamento de auxílio-reclusão apenas aos casos de pena em regime fechado.

Segundo o governo, a medida pode gerar economia aos cofres públicos de R$ 9,8 bilhões apenas no primeiro ano de vigência.

Dentre as pessoas que publicaram a hashtag está a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF). Segundo a deputada, há receio de que não haja quórum para votar a MP nesta segunda-feira.

"#SenadoAprovaMP871 porque não existe nada mais importante para vocês senadores fazerem nesta segunda-feira!", disse a deputada.

MP 871

Pelo texto aprovado na Câmara dos Deputados na semana passada, de relatoria do deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR), o INSS passará a ter acesso a dados da Receita Federal, do Sistema Único de Saúde (SUS), de movimentação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e outros para concessão, revisão ou manutenção de benefícios.

Com a aprovação da MP, o pequeno produtor rural precisará comprovar o tempo de exercício de atividade rural por meio de autodeclaração ratificada pelo Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Pronater). O INSS não aceitará mais documentações emitidas por sindicatos rurais.

Foi aprovado, ainda, o destaque que trata do compartilhamento de dados de entidades privadas obtidos pelo INSS com outras entidades privadas e que manteve o Benefício de Prestação Continuada (BPC) na lista de tipos de benefícios que poderão ser alvo de pente fino por parte do INSS.

Também foi aprovado o aumento de 30 dias para 60 dias o prazo para o trabalhador rural e agricultor familiar apresentar provas contra indícios de irregularidades apontadas pelo INSS.

A proibição de pessoas que não sejam médicas, presentes durante a perícia do segurado, exceto quando autorizada pelo médico perito, também foi aprovada. Além disso, a perícia por telemedicina não poderá ser usada.

Acompanhe tudo sobre:Governo BolsonaroINSSSenadoTwitter

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas