Miriam Belchior foi uma das primeiras ministras indicada por Dilma Rousseff para seu governo (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2010 às 15h15.
A ministra indicada para o Planejamento, Miriam Belchior, afirmou hoje que não há razão para que o mercado financeiro duvide que o futuro governo da presidente Dilma Rousseff vá adotar uma postura vigorosa na gestão fiscal. "Na quarta-feira, durante entrevista coletiva, o ministro Guido Mantega apresentou com clareza a direção que o governo Dilma pretende dar à política fiscal", comentou ela, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Na ocasião, o ministro Mantega chegou a afirmar que o governo perseguirá no próximo ano como meta de superávit primário o equivalente a 3,3% do PIB. No dia 19, no entanto, tinha sido publicada no Diário Oficial da União mensagem presidencial encaminhando ao Congresso Nacional projeto de lei que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2010 e de 2011 e que reduz de 3,3% para 3,1% do PIB a meta de superávit primário das contas do setor público de ambos os anos.
A mudança na meta, com o aval da presidente eleita, Dilma Rousseff, é consequência da decisão do governo de retirar a Eletrobras do cálculo do superávit.
Segundo Miriam Belchior, o superávit primário para o próximo ano será de 3,1% do PIB, como determina o projeto de lei. Sobre a fala de Mantega na quarta-feira, mencionando 3,3%, ela disse apenas: "Não sei se ele (Mantega) falou isso porque estava com a meta de 3,3% na cabeça. Vou perguntar a ele e depois falo para vocês."