Brasil

Ministros e ONU Mulheres repudiam adesivos ofendendo Dilma

A ONU Mulheres emitiu nota de repúdio aos “ataques sexistas” a Dilma, e diz que se trata de violência política sem precedentes


	Adesivos com ofensas de cunho sexual à presidente Dilma Rousseff foram expostos à venda no MercadoLivre
 (Roberto Stuckert Filho/ PR)

Adesivos com ofensas de cunho sexual à presidente Dilma Rousseff foram expostos à venda no MercadoLivre (Roberto Stuckert Filho/ PR)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2015 às 19h04.

Brasília - A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, recebe hoje (3) o diretor de Relações Governamentais do site de vendas MercadoLivre, Murilo Laranjeira.

Ele pediu ontem (2) para falar com a ministra depois que adesivos com ofensas de cunho sexual à presidente Dilma Rousseff foram expostos à venda no site.

Segundo Eleonora Menicucci, o material foi produzido em Recife e foram vendidas cinco unidades, cada uma custava R$ 38,90.

“Eu vou ouvir, mas comunicarei a ele que do ponto de vista civil e penal ele também será responsabilizado”, disse a ministra, que fez representação ao Ministério Público Federal, à Advocacia-Geral da União e ao Ministério da Justiça pedindo investigação e punição para os responsáveis.

O MercadoLivre é uma espécie de vitrine para vendedores independentes comercializarem seus produtos. Os adesivos foram retirados do site.

Durante a entrega da pauta de reivindicações da 5ª Marcha das Margaridas, Menicucci, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, e a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, repudiaram a ofensa e disseram que a consideram uma violência de caráter machista contra todas as mulheres.

A ONU Mulheres emitiu nota de repúdio aos “ataques sexistas” a Dilma, e diz que se trata de violência política sem precedentes.

A nota ressalta que “é ultrajante e extremamente agressiva a apologia de violência sexual" contra a presidente da República, Dilma Rousseff, retratada em adesivos para automóveis, como "expressão de misoginia [ódio, desprezo ou repulsa ao gênero feminino e às características a ele associadas] e interpelação dos direitos humanos de mulheres e meninas”.

A entidade defende que nenhuma discordância política ou protesto pode abrir margem ou justificar a banalização da violência contra as mulheres – prática patriarcal e sexista que invalida a dignidade humana.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffPersonalidadesPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresPolítica no BrasilMercado LivreEmpresas de internetMulheresONUMachismo

Mais de Brasil

Gleisi Hoffmann reúne ministros para discutir estratégias contra projeto de anistia

STF retoma julgamento da trama golpista com expectativa de votos divergentes entre ministros

STF mantém alto nível de segurança para julgamento da trama golpista envolvendo Bolsonaro

CPI do INSS: depoimento de Carlos Lupi acontece nesta segunda-feira, 8