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Ministros com inquéritos no STF não mostram intenção de sair

Pela manhã, Temer disseque "é muito provável que alguns ministros fiquem desconfortáveis e acreditem que não podem continuar"

Governo Temer: um dos ministros mais citados pelos delatores da Odebrecht, Eliseu Padilha, da Casa Civil, é o negociador da reforma e visto como essencial à equipe por Temer (Ueslei Marcelino/Reuters)

Governo Temer: um dos ministros mais citados pelos delatores da Odebrecht, Eliseu Padilha, da Casa Civil, é o negociador da reforma e visto como essencial à equipe por Temer (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 17 de abril de 2017 às 20h02.

Última atualização em 17 de abril de 2017 às 20h04.

Brasília - Apesar de o presidente Michel Temer ter afirmado, nesta segunda-feira, que alguns dos seus ministros com inquéritos abertos pelo Supremo Tribunal Federal podem se sentir "desconfortáveis" e pedir para deixar os cargos, até agora nenhum dos oito mostrou ter intenção de pedir demissão, e Temer prefere que ninguém saia neste momento, disse à Reuters uma fonte governista.

Pela manhã, em entrevista à rádio Jovem Pan, Temer disseque "é muito provável que alguns ministros fiquem desconfortáveis e acreditem que não podem continuar", mas que ele não demitiria ninguém "porque um falou do outro".

A linha de corte estabelecida, de só afastar do cargo quem for denunciado, está mantida, disse Temer.

Obrigado a ceder em vários pontos para tentar aprovar a reforma da Previdência --que vê como um sinal de vitória para seu governo-- o presidente não está interessado em afastar ministros neste momento.

"Cada ministro representa uma bancada importante. A saída de um causa uma turbulência complicada no momento em que o governo negocia uma reforma complicada", disse a fonte.

Um dos ministros mais citados pelos delatores da Odebrecht, Eliseu Padilha, da Casa Civil, é o negociador da reforma e visto como essencial à equipe por Temer. Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência, é também um dos parceiros mais antigos do presidente.

Cientes da decisão do presidente, os ministros não se mostraram até agora abalados com os pedidos de inquérito.

Foram autorizados inquéritos contra oito ministros com base nas delações da Odebrecht. Além de Padilha e Moreira, estão na lista Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações), Helder Barbalho (Integração Nacional), Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Bruno Araújo (Cidades) e Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços).

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