Arma: na data do assassinato dos fiscais em Unaí – 28 de janeiro – foi instituído o Dia do Auditor Fiscal do Trabalho, instituído em homenagem às vítimas (George Frey/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 30 de janeiro de 2014 às 13h47.
Rio de Janeiro - O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, reforçou hoje (30) o pedido de condenação dos mandantes do assassinato de funcionários da pasta, há dez anos, na Chacina de Unaí.
O crime ocorreu no dia 28 de janeiro de 2004, na área rural do município, localizado no noroeste de Minas Gerais.
As vítimas foram três auditores fiscais do Trabalho e o motorista da equipe, que apurava denúncias de trabalho escravo na região.
“Os assassinos já foram julgados e condenados, falta fazer justiça com os mandantes do crime”, afirmou Manoel Dias. Segundo ele, o Ministério do Trabalho tem grande preocupação com o tema para que “seus funcionários tenham proteção do Estado pela atividade que exercem”.
O ministro participou, nesta quinta-feira, do lançamento de um termo de compromisso público pelo emprego e trabalho decente na Copa do Mundo deste ano e nos Jogos Olímpicos de 2016, que serão disputados no Rio de Janeiro.
Durante o evento, a Associação dos Auditores Fiscais do Trabalho no Estado do Rio de Janeiro estendeu uma faixa em homenagem aos colegas mortos na chacina.
O presidente da associação, Luiz Renato Almeida, disse que o crime é uma marca contra a democracia. “O crime não foi só contra os fiscais, foi contra a sociedade brasileira, contra o Estado".
Para ele, quando se mata um agente público, atira-se na democracia.
Almeida cobrou atuação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para se acelerem os julgamentos, que acabam sendo protelados pela apresentação de “excesso” de recursos pelos réus.
Na data do assassinato dos fiscais em Unaí – 28 de janeiro – foi instituído o Dia do Auditor Fiscal do Trabalho, instituído em homenagem às vítimas.