Teixeira fez um discurso político, relembrando a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o impeachment de Dilma Rousseff (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 3 de janeiro de 2023 às 14h58.
Última atualização em 3 de janeiro de 2023 às 15h00.
O novo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, disse que irá reconstruir a pasta juntamente com os servidores da agricultura familiar, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater).
"Vamos reconstruir essa pasta. Agradeço a todos ex-ministros do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) que iniciaram esse caminho", afirmou, durante a sua cerimônia de posse que ocorre na sede da Companhia Nacional de Abastecimento, em auditório lotado.
Teixeira fez um discurso político, relembrando a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o impeachment de Dilma Rousseff. "A justiça reparou esse erro. Um gigante nunca é aprisionado. Isso nos inspira a assumir esse ministério tomados de esperança", afirmou.
O ministro assumiu a pasta fazendo o sinal de "L", em homenagem ao presidente Lula, e agradeceu a militância do partido presente assim como os ex-ministros do MDA. Participaram da cerimônia lideranças de movimentos sociais do campo, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), militantes e lideranças do Partido dos Trabalhadores.
Paulo Teixeira também afirmou que o País tem o desafio de melhorar a distribuição e democratização do acesso à terra. "Temos um território imenso que foi mal utilizado nos últimos anos por falta de políticas públicas. Precisamos garantir acesso à terra, mas não basta só garantia à terra, também precisamos garantir assistência técnica, energia elétrica, água e condições para o homem do campo viver", afirmou Teixeira ao assumir o ministério, em cerimônia de posse na sede da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em Brasília.
Ele destacou que pretende fazer uma "forte parceria" com outros ministérios na direção ambiental. "Temos um papel fundamental no campo na pequena agricultura de recuperação das florestas, das nascentes e de maior produtividade", afirmou.
Teixeira pediu a participação de movimentos sociais do campo na sua gestão. "Trabalharemos de portas abertas com movimentos sociais, acolhendo críticas e sugestões. Venham para cima! Ressalto o nosso compromisso com pessoal do campo, da floresta, ribeirinhos, povos tradicionais", acrescentou.
O ministro defendeu também a agregação de valor à agricultura familiar, após o "desmonte" das políticas públicas de agricultura familiar dos últimos seis anos. "Setenta por cento da produção de alimentos acontece na pequena propriedade. Vamos tocar para frente iniciativas de agroindústria de pequenos produtores", prometeu.
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