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Ministro negocia com chineses expansão de investimentos na cadeia do lítio e baterias da BYD no país

Alexandre Silveira diz que empresa chinesa quer fazer parceria com companhias brasileiras

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Publicado em 20 de abril de 2025 às 17h28.

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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, se reuniu neste domingo com o vice-presidente da BYD na América Latina, Oscar Su, para tratar sobre investimentos da empresa chinesa na produção de baterias e na cadeia do lítio no Brasil. O encontro ocorre em meio à guerra comercial e tarifária entre os Estados Unidos de Donald Trump e a China de Xi Jinping.

Silveira está em Shenzhen para tratar de aportes no setor elétrico brasileiro. Após se reunir com a BYD, gigante produtora de carros elétricos, o ministro afirmou ao GLOBO que os representantes chineses manifestaram a intenção de ampliar sua atuação no Brasil, inclusive ampliando a exploração de minerais estratégicos e a produção de baterias no país.

"O objetivo é aumentar o volume de concessionárias no Brasil, e o mais interessante: eles fizeram um compromisso de investir na cadeia mineral do Brasil. Se eles conseguirem fazer parceria com empresas nacionais no setor de mineração de lítio, eles vão fazer a cadeia produtiva de baterias no Brasil", disse Silveira.

A ida do ministro à China também é uma preparação da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevista para o próximo mês. Segundo Silveira, a intenção é que Lula assine um memorando de entendimento sobre a parceria para produção de baterias.

Além da produção de carros elétricos, a BYD também é líder global em sistemas de armazenamento de energia em baterias. O ministro diz que os chineses demonstraram apetite para investimentos para o setor no Brasil, principalmente tendo em vista que o governo deve realizar o seu primeiro leilão de baterias de armazenamento de energia no segundo semestre deste ano.

"Tanto eles quanto a Huawei demonstram um apetite de investir, o que for necessário. Eles querem fazer uma parceria nas renováveis e eles dizem que receberam a orientação do Xi Jinping, e o Brasil é o parceiro preferencial neste momento. Então, o apetite financeiro do setor produtivo nacional é total".

Desde sua chegada ao Brasil, em 2014, a montadora chinesa tem ampliado significativamente sua atuação. Atualmente, a empresa conta com sete fábricas em território nacional. Em 2023, foi iniciada a construção do Complexo de Camaçari (BA), que será a maior unidade da empresa fora da Ásia.

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