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Ministro nega redução da capacidade da PF na Lava Jato

Torquato Jardim rebateu as críticas do procurador Athayde Costa sobre a redução do efetivo da Polícia Federal atuando na operação Lava Jato

Torquato Jardim: "Eu vejo a crítica como infundada" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Torquato Jardim: "Eu vejo a crítica como infundada" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 27 de julho de 2017 às 21h47.

São Paulo - O ministro da Justiça, Torquato Jardim, rebateu nesta quinta-feira as críticas do procurador da República Athayde Costa sobre a redução do efetivo da Polícia Federal atuando na operação Lava Jato, e garantiu que as mudanças foram apenas uma redistribuição de mão de obra.

Costa afirmou que o ministro não visitou a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e não a consultou sobre a redução do efetivo da corporação.

"Eu vejo a crítica como infundada. Basta olhar o meu passado profissional antes de chegar aos dois ministérios e agora nos dois ministérios, vocês não vão encontrar nenhum gesto de crítica ou desapreço à Lava Jato", disse Torquato Jardim em entrevista coletiva em Brasília.

"Quanto a não ter feito visita social, não me constava do protocolo do ministério que eu devesse fazer visita oficial à Lava Jato. Se ele acha isso necessário, vamos combinar um café. Nenhum problema."

O ministro negou redução do efetivo da PF na Lava Jato, afirmando que os meios da corporação foram redistribuídos para outros locais, além de Curitiba, onde a Lava Jato teve origem.

Afirmou também que os recursos orçamentários contingenciados da PF serão repostos na medida do possível.

"A Polícia Federal foi contingenciada em 400 milhões (de reais), já recebeu 170 milhões de volta e está previsto mês a mês, de agosto a dezembro, 70 milhões por mês, o que é suficiente para executar o necessário até o final do ano", disse Torquato Jardim, que também já foi titular do Ministério da Transparência antes de assumir a Justiça.

"Tenho de ser honesto, sincero e transparente, afinal eu vim da Transparência, poderá implicar em um processo seletivo de ações."

O ministro afirmou que a Lava Jato se expandiu para 16 capitais estaduais e que foi necessário que a Polícia Federal realizasse internamente um remanejamento.

"A questão da Lava Jato foi uma reestruturação administrativa interna da própria Polícia Federal", garantiu.

"É uma redistribuição de otimização de capacidade operacional da própria Polícia Federal. Hoje a Lava Jato é maior em Brasília do que em Curitiba. São Paulo já está ficando maior do que Curitiba também", disse ele, garantindo que a medida "não significa, em hipótese alguma, diminuição de capacidade investigativa".

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