Marco Aurélio Mello: para o ministro, o partido não revelou "contribuição expressiva à compreensão do tema analisado" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de abril de 2018 às 20h33.
Brasília - O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta terça-feira, 10, um pedido formulado pelo Partido Social Liberal (PSL) para ser ouvido em uma ação que discute a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância.
Para o ministro, o partido - que pretende lançar o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) à corrida pela Presidência da República - não revelou "contribuição expressiva à compreensão do tema analisado".
O PSL queria ser ouvido na condição de "amigo da Corte", ou seja, como um terceiro estranho ao processo que pode prestar informações ou esclarecer questões técnicas. O partido deseja apresentar memorial e fazer uso da palavra no julgamento das duas ações de relatoria do ministro Marco Aurélio Mello, que tratam do tema de maneira genérica.
"A regra é o indeferimento da intervenção de terceiros no processo de ação declaratória de constitucionalidade. A exceção corre à conta de parâmetros a demonstrarem a relevância da matéria e a representatividade do terceiro, quando, por pronunciamento irrecorrível, mostra-se possível a manifestação de órgãos ou entidades - artigo 7º da Lei nº 9.868, de 10 de novembro de 1999", observou Marco Aurélio.
"O requerente (PSL) não logrou demonstrar razão capaz de conduzir à admissibilidade da intervenção. Parte do pressuposto de deter interesse quanto ao desfecho do processo sem revelar contribuição expressiva à compreensão do tema analisado", concluiu o ministro.