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Ministro mostra confiança em laboratório antidoping do Rio

O laboratório, localizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), perdeu a certificação da Wada em 2013


	George Hilton: "estaremos lá defendendo a necessidade, não só do reacreditamento, mas de rever um equilíbrio nos hemisférios”
 (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

George Hilton: "estaremos lá defendendo a necessidade, não só do reacreditamento, mas de rever um equilíbrio nos hemisférios” (Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2015 às 14h46.

Rio de Janeiro - O ministro do Esporte, George Hilton, expressou confiança na reacreditação do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD) pela Agência Mundial Antidoping (Wada) na próxima semana, o que permitirá ao local realizar todos os testes dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro.

O laboratório, localizado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), perdeu a certificação da Wada em 2013 por conta do descompasso tecnológico em relação à evolução e sofisticação do doping e suas técnicas de detecção, de acordo com o coordenador do laboratório, Francisco Radler.

“Estamos às vésperas de participarmos lá no Canadá da reunião do conselho de fundadores da Agência Mundial Antidoping, que vai acreditar nosso laboratório", disse o ministro a repórteres após visitar o LBCD, que foi reformado ao custo de 134 milhões de reais, financiados pelo governo federal, e funciona em novo prédio desde agosto de 2014.

"Estaremos lá defendendo a necessidade, não só do reacreditamento, mas de rever um equilíbrio nos hemisférios”, acrescentou.

Com apenas dois laboratórios antidoping certificados pela Wada no hemisfério sul (em Johanesburgo e Sydney), a aprovação do Ladetec proporcionaria uma facilitação para o esporte brasileiro e sul-americano, à medida que o processo seria mais barato e rápido, segundo ele.

A decisão sobre a acreditação do laboratório será tomada no dia 13 de maio em reunião da Wada em Montreal, no Canadá.

A reacreditação do LBCD é especialmente importante devido à realização da Olimpíada de 2016 no Rio, uma vez que durante a Copa do Mundo de 2014 os exames antidoping precisaram ser feitos em Lausanne, na Suíça, devido à falta de um laboratório certificado na América do Sul.

“O Brasil começa a ser o terceiro no hemisfério sul e vai, não só nacionalmente, ter uma importância muito grande, mas em toda a região. Nós vamos poder emprestar, naturalmente, aos países do continente para que possam ser feitos esses testes”, disse Hilton.

A partir deste ano também será implementado no Brasil o processo do “passaporte biológico”, uma forma de acompanhamento do perfil de um atleta através de análises de sangue e urina dentro de um longo período.

O acompanhamento permite estabelecer um padrão do atleta para prevenir a manipulação do sangue.

A fase de testes contará com 37 atletas participantes e será realizada pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) e terá participação de autoridades europeias.

“A lista (de atletas brasileiros) será divulgada na próxima semana no site da ABCD”, disse o secretário nacional da ABCD, Marco Aurelio Klein, que também participou da visita ao laboratório.

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